Flordelis depõe sobre a morte do marido no Rio de Janeiro
Outras dezenove pessoas também foram chamadas para depor, incluindo oito filhos do casal. A polícia também investiga se a deputada era oprimida pelo pastor
SBT News
A deputada federal Flordelis prestou depoimento, por mais de sete horas, nesta segunda-feira (24), como testemunha da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. Ela chegou à Divisão de Homicídios de Niterói por volta de meio-dia e meia.
Outras dezenove pessoas também foram chamadas para depor. Pela manhã, oito filhos do casal e amigos da família compareceram à delegacia.
Na saída, Flordelis voltou a evitar os jornalistas. "Ela perdeu, né, o marido dela, o filho dela está sendo acusado pela morte do esposo dela. Era um casal com muita força política aqui. Então, ela está muito, muito abalada e não sabe o que está por trás disso", esclareceu a advogada da família, Alexandra Menezes.
A polícia também investiga se a deputada era oprimida pelo marido. Essa informação consta no inquérito.
Anderson do Carmo foi morto a tiros na madrugada de 16 de junho, ao chegar em casa. Imagens do circuito de segurança mostram que ele e Flordelis não foram seguidos - o que indica que o assassino já estava lá dentro.
De acordo com a investigação, Flávio dos Santos, filho da deputada que está preso, confessou ter dado seis tiros no pastor. Ele deixou o local do crime cerca de dez minutos depois.
Em depoimento, Flávio disse que foi chamar a polícia, porém, retornou sozinho.
Dois dias depois, investigadores encontraram, no quarto dele, a arma do crime. Também descobriram um edredom sujo de sangue e objetos, ainda não identificados, queimados no quintal. Um celular da vítima continua desaparecido.
A polícia já sabe que Flávio vinha tentando obter uma arma desde outubro do ano passado. Ele solicitou o registro de colecionador ao Exército, mas não conseguiu porque não apresentou os documentos necessários.
Flávio, então, pediu ajuda ao irmão Lucas, que também está preso, para conseguir a arma. Eles compraram a pistola por oito mil reais em uma favela do Rio de Janeiro.