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Lava Jato prende três executivos do Banco Paulista

Foi a primeira vez que a Lava Jato cumpriu mandados em uma instituição financeira, que estava ligada ao esquema de lavagem de dinheiro da Odebrecht

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Lava Jato prende três executivos do Banco Paulista
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A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (08) três executivos do Banco Paulista. Tarcísio Rodrigues Joaquim, Paulo César Haenel Pereira Barreto e Gerson Luiz Mendes de Brito foram levados para a sede da PF em Curitiba. 

O setor de operações estruturadas do grupo Odebrecht, responsável pelo pagamento de propina pela empreiteira, está no centro de um esquema criminoso.

Segundo os procuradores da operação Lava Jato, a Odebrecht fazia depósitos, em moeda estrangeira, em contas no Caribe, controladas por operadores de propina. 

Em seguida, doleiros eram os responsáveis por fazer esse dinheiro retornar para o Brasil, por meio do Banco Paulista, como se fosse uma operação legal. 

O banco, então, contratava empresas de fachada que emitiam contratos e notas falsas, de serviços que nunca foram prestados. Essas empresas eram controladas pela Odebrecht e, assim, o dinheiro voltava para a construtora.

A fraude foi de, pelo menos, quarenta e oito milhões de reais, mas pode chegar a duzentos e oitenta milhões. 

"Há recebimento de recursos em espécie não declarados no Brasil. O destino desses recursos, recursos em espécie, ainda é objeto de investigação e a utilização pode ser múltipla, inclusive para fins criminais, como pagamento de propina para agentes públicos e agentes políticos", explicou o procurador da República, Júlio Noronha.

A Polícia Federal cumpriu quarenta e um mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo.

Essa foi a primeira vez, depois de sessenta e uma fases, que a Lava Jato fez uma operação dentro da sede de um banco. Esta também foi a primeira participação do juiz Luiz Antônio Bonat, que assumiu o lugar de Sérgio Moro, que deixou a magistratura para ser ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro. 

Em nota, o Banco Paulista informou que foi surpreendido pela operação em sua sede, em São Paulo, e que colabora com as autoridades.

 

 

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