Macron e Von der Leyen viajam à China para tentar conter invasão na Ucrânia
Líderes acreditam que influência de Pequim é primordial para diálogo com Rússia
O presidente da França, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desembarcaram em Pequim, na China, na manhã desta 4ª feira (5.abr). Além de debater laços econômicos e culturais, o líder francês, assim como a representante do bloco europeu, deverá abordar a invasão russa na Ucrânia.
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Isso porque a China é vista como o único país capaz de ter um impacto imediato no conflito, uma vez que possui fortes laços com a Rússia. Em março, por exemplo, o presidente chinês, Xi Jinping, visitou Moscou para reforçar os acordos bilaterais. A ação foi criticada pela comunidade internacional, que teme que Pequim apoie a guerra.
A especulação, no entanto, já foi negada pelo governo chinês, que disse estar trabalhando para implementar a paz entre os países. Como exemplo, as autoridades citaram o plano para um acordo de paz na Ucrânia, enviado por Pequim aos governos de Kiev e Moscou.
"Telefonei para o presidente [da Ucrânia] Volodymyr Zelensky antes da minha visita à China. A Ucrânia será um tópico importante de minhas reuniões com o presidente Xi e o primeiro-ministro Li Qiang. A União Europeia quer uma paz justa que respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", disse von der Leyen.
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Macron também afirmou que conversou com o presidente ucraniano por telefone. Segundo o líder, além do apoio francês, foram discutidos os esforços diplomáticos a serem feitos para organizar uma cúpula de paz, bem como a preocupante situação da usina nuclear de Zaporizhzhia, atualmente ocupada por tropas russas.