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Após convocar idosos e doentes, Rússia promete corrigir 'erros de mobilização'

Mais de 1.400 pessoas já foram presas em manifestações contra recrutamento de reservistas

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protesto na rússia
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Autoridades russas prometeram, neste domingo (25.set), corrigir "erros de mobilização" depois que idosos, doentes e estudantes foram convocados a se juntarem às tropas russas na guerra contra a Ucrânia. A informação foi divulgada pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A inclusão equivocada destes grupos, em sua maioria inaptos para o serviço militar, tem gerado ainda mais indignação em parcelas da população russa, que têm protestado diariamente contra à mobilização de reservistas.

Segundo a AFP, em Volgograd, no sudoeste da Rússia, um centro de treinamento enviou de volta para casa um militar aposentado de 63 anos, diabético e com problemas neurológicos. Na mesma região, também foi convocado o diretor de uma pequena escola rural de 58 anos, que não possuía qualquer experiência militar.

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Pelo Telegram, a presidente do Senado russo, Valentina Matviyenko, fez um apelo para que os governadores, responsáveis por supervisionar o alistamento, tivessem mais atenção ao perfil dos convocados.

"Os erros de mobilização (...) estão provocando reações ferozes na sociedade, e com razão", concluiu Matviyenko, na publicação.

As falhas na campanha de recrutamento também foram alvos de críticas por parte do presidente do Conselho de Direitos Humanos do Kremlin, Valeriy Fadeev, que pediu ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, que ele "resolva urgentemente os problemas" logísticos para evitar "minar a confiança do povo".

Na publicação, Fadeev alguns cita erros no programa, como o recrutamento de 70 pais de famílias numerosas, no leste da Buriácia, e de enfermeiras e parteiras, para atuarem no socorro aos soldados feridos em território ucraniano, sem que elas tivessem formação militar.

Atos contrários à convocação dos russos têm se tornado cada vez mais intensos desde que Putin anunciou punições mais severas para os soldados e reservistas que se recusarem a lutar, desertarem ou se renderem ao inimigo, com pena prevista de até 10 anos de prisão.

De acordo com agência independente de notícias russa OVD-Info, só neste sábado (24.set), foram detidas 826 pessoas durante as manifestações e, desde o início da campanha de mobilização, pelo menos 1.400.

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