Anistia acusa Ucrânia de alocar soldados perto de áreas residenciais
Declaração foi mal vista por Volodymyr Zelensky, que denunciou o grupo de ser cúmplice dos ataques
Integrantes da Anistia Internacional afirmaram, na 5ª feira (4.ago), que a Ucrânia está alocando tropas militares próximo a áreas residenciais e, assim, colocando em risco a vida de centenas de moradores. A acusação é baseada no testemunho de soldados e civis, que relataram, entre abril e julho, a presença das tropas em municípios do leste e sul do país.
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"Documentamos um padrão de forças ucranianas que colocam civis em risco e violam as leis da guerra em áreas populosas", disse a organização.
A fala foi mal vista pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que acusou o grupo de ser cúmplice dos ataques não provocados da Rússia ao país. Segundo ele, declarações como essa fazem com que a Anistia Internacional "tente transferir a responsabilidade do agressor para a vítima".
"Qualquer um que anistie a Rússia e crie um contexto de informação no qual alguns ataques de terroristas são supostamente justificados ou supostamente compreensíveis não pode deixar de entender que, ao fazê-lo, está ajudando os terroristas; [quem faz isso] compartilha com eles a responsabilidade pelos assassinatos de pessoas", disse.
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Assim como outras entidades da comunidade internacional, a Anistia está monitorando a ofensiva russa na Ucrânia e os possíveis crimes de guerra cometidos por ambos os exércitos. No início de julho, por exemplo, a organização acusou a Ucrânia de torturar soldados russos capturados. Um pouco antes, um ataque de autoria de Moscou a um teatro de Mariupol foi classificado como crime de guerra.