Otan condena Rússia e diz que ter civis como alvo é um crime de guerra
Segundo entidade, há relatos de que cidadãos estão sendo atacados enquanto tentam sair do país
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, voltou a condenar as ações militares da Rússia no território ucraniano e afirmou que ter civis como alvo é um crime de guerra. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa, nesta 3ª feira (8.mar), na Letônia.
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"O povo ucraniano e suas forças armadas inspiraram o mundo com sua coragem, mas o presidente [Vladimir] Putin continua com o ataque e o impacto humanitário é devastador. Há relatos muito credíveis de que civis estão sendo atacados enquanto tentam sair do país. Ter civis como alvo é um crime de guerra e é totalmente inaceitável. Precisamos ter corredores humanitários que sejam respeitados", afirmou Stoltenberg.
Ele também ressaltou que, até o momento, mais de 2 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia em busca de segurança e proteção, resultando na maior crise de refugiados vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. De acordo com a plataforma de monitoria da Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria dos ucranianos está procurando abrigo na Polônia e Hungria.
"Nós dissemos que Putin pagaria preços altos pela invasão à Ucrânia e ele está pagando agora. A Rússia foi atacada com sanções severas, sem precedentes, e os efeitos estão levando custos significativos ao país", frisou, acrescentando que o rublo encontra-se em baixa histórica e que muitas empresas estão deixando a nação.
Já em relação à ajuda ao governo ucraniano, Stoltenberg garantiu que a Otan está auxiliando o país a manter a autodefesa, além de continuar abrindo fronteiras para receber os refugiados. Ele reforçou, novamente, que a aliança tem a responsabilidade de manter o controle e encerrar o conflito militar na Ucrânia, não deixando que ele se espalhe para outros territórios.
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"O sofrimento que vemos na Ucrânia é horrível e afeta todos nós. Agora, temos a responsabilidade de não deixar que o conflito se espalhe para fora do país ou pode ficar fora de controle. Visando isso, a Otan tem aumentado as forças no leste da Europa, com navios, aviões militares e tropas. Vamos defender cada centímetro de todos os nossos territórios aliados. Permanecemos unidos", concluiu.
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