Jornalismo

Ucranianos no Brasil criam vaquinha para resgatar familiares e amigos

Professor universitário, Maksym Ziberov iniciou arrecadação para trazer parentes para o Brasil 

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Maksym Ziberov e seus pais Leonid e Galyna
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Professor de engenharia da Universidade de Brasília (UnB), Maksym Ziberov, de 31 anos, foi surpreendido na manhã de 24 de fevereiro quando viu nos noticiários a notícia sobre os ataques russos à Ucrânia. No Brasil desde 2011, o ucraniano deixou seu país de origem para fazer mestrado e doutorado na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em 2020, passou em concurso na UnB para dar aulas e, desde então, mora na capital do país.

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Maksym conta que acordou na manhã da última 5ª feira (24.fev) e entrou na internet para saber notícia em geral do mundo. Ao se deparar com todos os jornais falando sobre a Ucrânia e a guerra, imediatamente mandou mensagem para a mãe e amigos que relataram o terror que haviam passado. Seu pais e amigos buscavam se deslocar para um abrigo. Leonid, de 56 anos, e Galyna, de 51, decidiram deixar a cidade de Kiev quando descobriram que um drone havia caído a poucos metros do prédio em que moravam.

Chocado e em meio à preocupação com os familiares preso na guerra, Maksym iniciou uma vaquinha on-line para arrecadar dinheiro para trazer os parentes e amigos para o Brasil. "Fiz essa vaquinha para retirar familiares e amigos de lá. Minha expectativa é juntar o máximo para ajudar a população e trazer minha família e família dos amigos para Brasil ou outro país que está seguro", relatou o ucraniano.

Com a meta de arrecadar R$ 100 mil, o professor conta que se reuniu com outras famílias de ucranianos no Brasil que passam por situação semelhante para ajudar na vaquinha. Ele diz que se sente positivo a arrecadação: "Qualquer valor que consigo juntar é positivo. Tem bastante apoio das pessoas em geral".

Em meio à angústia e à preocupação, Maksym segue mantendo contato com os pais que relatam a esperança do fim da tensão. "Eles me mandam mensagens. Eles estão bem. Cidade sem energia por causa de guerra. Eles estão com otimismo, lutando e esperando tudo isso acabar. Não tem como sair, pois algumas pontes estão destruídas e é bem perigoso andar de carro", conclui o professor.

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