Coreia do Norte "pagará preço" se fornecer armas à Rússia, alertam EUA
Governo norte-americano continua pressionando Pyongyang para parar com negociações com Moscou
O Conselheiro para a Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou, na 3ª feira (5.set), que a Coreia do Norte "pagará o preço" caso forneça armas para Rússia em meio à guerra na Ucrânia. Segundo ele, serviços de inteligência apontam que Moscou e Pyongyang continuam debatendo os envios mesmo com os alertas da comunidade internacional.
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"O que posso dizer é: fornecer armas à Rússia para utilização no campo de batalha para atacar silos de cereais e a infra-estrutura de aquecimento das grandes cidades [ucranianas], à medida que avançamos no inverno para tentar conquistar território que pertence a outra nação soberana, não irá refletir bem para a Coreia do Norte e eles pagarão um preço por isso na comunidade internacional", disse Sullivan.
O conselheiro reforçou que os Estados Unidos vem discutindo publicamente a possibilidade da Coreia do Norte fornecer armas à Rússia. A parceria entre os países seria uma das últimas opções do Kremlin para retomar a vantagem na guerra contra a Ucrânia, uma vez que as sanções ocidentais estão pressionando cada vez mais a economia de Moscou.
"Eles [os russos] estão procurando qualquer fonte que possa fornecer coisas como munição de artilharia. Isso é o que vemos acontecendo agora", disse Sullivan. "Continuaremos a clamar por isso. Continuaremos apelando à Coreia do Norte para que cumpra os seus compromissos públicos de não fornecer armas à Rússia que matarão ucranianos", completou.
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Os Estados Unidos continuam tentando dialogar e, ao mesmo tempo, não deixam de pressionar a Coreia do Norte para abandonar o plano de fornecer armas a Moscou. Em agosto, por exemplo, o Departamento de Tesouro impôs novas sanções a três empresas internacionais que tentaram facilitar acordos de armas entre os países.