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Lula diz que não se dá “cavalo de pau” na economia em fala no México

Político também disse que não há mágica para setor econômico e defendeu negócios entre dois países

Lula diz que não se dá “cavalo de pau” na economia em fala no México
No México, o presidente Lula (PT) pediu por novos negócios entre países e garantiu estabilidade econômica do Brasil | Ricardo Stuckert/PR
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Economia não tem como ser feita com “cavalo de pau” ou “mágica”. As comparações foram feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso no México nesta segunda-feira (30). Em um discurso voltado para empresários mexicanos, as analogias vieram costuradas com a intenção de aproximar negócios entre os dois países.

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“Eu sempre compreendi que economia não tem mágica. Você não inventa a economia. Você não dá um cavalo de pau como se estivesse em um carro, em uma autopista, em um país do tamanho do México. E muito menos você dá um cavalo de pau em uma economia do tamanho do Brasil”, declarou.

Em outros momentos, Lula questionou os motivos de empresários do país terem desconfiança do mercado brasileiro e colocou pontos de implementações voltadas à economia em seu governo, como as novas regras de gasto (chamadas de arcabouço fiscal) e a reforma tributária.

“Eu defini que a gente precisaria ter estabilidade econômica para que a gente tivesse estabilidade fiscal, estabilidade econômica, a gente precisaria ter estabilidade política. Para que a gente tivesse esses três, era preciso ter estabilidade social”, disse. “E a última, a gente ter um governo com muita previsibilidade que ninguém fosse pego de surpresa com medidas feitas na calada da noite”, emendou, ao citar compromissos feitos pelo governo.

A possível desconfiança também foi abordada diretamente pelo presidente: “Por que empresários mexicanos têm tanta desconfiança do Brasil? Eu não conseguia compreender".

E seguiu: "Hoje eu compreendo, porque eu sei, vendo a fronteira, eu sei a distância do México com os Estados Unidos. Eu sei a importância da economia do México com os Estados Unidos, e sei a importância da relação comercial”.

Após a comparação, Lula voltou a citar diretamente ações brasileiras, com pedido para parceria entre países.

“Isso não impede que os companheiros mexicanos não olhem apenas para o norte. Olhem um pouquinho e vão perceber que tem muitas possibilidades em um país chamado Brasil, com 200 milhões de habitantes e com PIB razoavelmente grande, com participação na economia [mundial] razoável”.

Banco Central

No início do discurso, entre os cumprimentos apresentados, Lula destacou a presença de Gabriel Galípolo - diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado para presidir o BC no próximo ano. Galípolo foi apresentado como o futuro presidente da autarquia. Mas a indicação ainda depende de aprovação pelo Senado.

Ainda em relação ao Congresso, Lula destacou ter poucos deputados do próprio partido na Câmara - assim como no Senado -, mas que suas negociações têm permitido o avanço de propostas defendidas pelo governo, diferentemente de outras gestões nos Estados Unidos.

“Eu tenho 70 deputados do meu partido em um parlamento de 513. Eu tenho nove senadores em um parlamento de 81. Então, se você analisar apenas do ponto de vista da matemática, eu não poderia ter chance de governar o Brasil. Vocês viram que um presidente como [o Barack] Obama quase não conseguiu aprovar nenhum projeto em oito anos de mandato. E, porque a gente conseguiu aprovar tudo o que queria?”, indagou.

Lula no México

Lula está no México para a posse da presidente eleita, Claudia Sheinbaum. A escolha pelo nome dela ao comando do país também foi celebrada ao longo do discurso de abertura do Seminário Empresarial México-Brasil. O encontro é voltado a empresários.

“O jogo começa muito importante para nós, com a jogadora que é extraordinária. O fato de vocês terem eleito uma mulher para presidir esse país é uma coisa excepcional. E ela está montando um governo que, pelo começo, parece que vai ser comprometido com as melhores práticas do exercício da democracia".

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