Meta de déficit zero é cobrada de Fernando Haddad em evento em SP
Ministro da Economia corre contra o tempo para aprovar MP que garantirá mais R$ 35 bilhões à União
SBT News
Durante um evento em São Paulo, o ministro da Fazenda defendeu que o Congresso vote a medida provisória que altera a tributação de grandes empresas com benefícios fiscais nos estados.
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Fernando Haddad disse que o resultado das contas públicas tem que ser uma preocupação de todos os poderes, não só do executivo.
"O resultado fiscal ele não é da cabeça do ministro da Fazenda, nem do desejo do presidente da República. O resultado fiscal é um trabalho de parceria, é um trabalho que o judiciário tem que entender a repercussão das suas decisões, o legislativo tem que entender a repercussão das suas decisões e o executivo tem que entender a repercussão das suas decisões", enfatizou o chefe da pasta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira, a colocar em votação ainda nesta semana uma medida provisória que garantirá mais R$ 35 bilhões para a união.
Arthur Lira marcou para está terça-feira uma reunião com líderes partidários e a equipe econômica do governo.
Os esforços de Haddad são para evitar mudanças na meta de déficit zero nas contas públicas para 2024.
A declaração do ministro acontece justo quando a comissão mista de orçamento votará o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que estabelece a estimativa de despesas e receitas em 2024.
Por enquanto, o texto prevê que o governo não gaste mais do que vai arrecadar no ano que vem. Por outro lado, o presidente Lula já sinalizou que a prioridade é executar os projetos considerados importantes pelo palácio do planalto.
O presidente da Câmara disse que o governo deve continuar buscando alternativas para conseguir zerar o déficit das contas públicas.
"O nosso foco é continuar trabalhando incansavelmente para atingir (a meta déficit zero). Se não atingir, não é porque não quer, é porque não conseguiu mesmo. E se não conseguir mesmo, tem as consequências do arcabouço que serão aplicadas, defendeu Lira.
Rodrigo Pacheco, o presidente do Senado, também defendeu a manutenção do déficit zero para 2024.
"As novas regras do arcabouço fiscal aprovado pelo congresso estabelecem corte de despesas no ano seguinte., concluiu Pacheco.