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"Brasil já viveu situações de interinidade", diz Padilha sobre PGR

Ministro das Relações Institucionais falou a respeito da expectativa de que o presidente Lula escolha um substituto para Aras

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Reprodução Agência Brasil
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O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, concedeu entrevista, nesta 2ª feira (25.set), após realizar uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e demais membros do governo.

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Quando questionado a respeito do fim do mandato de Augusto Aras à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da expectativa pela escolha de um novo indicado para o cargo, Padilha disse que esses não são fatores que devem apressar Lula a se decidir por um substituto.

Segundo ele, não há uma programação de governo para que a escolha de um novo nome na PGR seja feita.

"O presidente estava em agenda internacional, este assunto não foi tema [desta reunião]. Eu defendi que ele não deve se sentir pressionado a fazer uma escolha, pelo fim do mandato do atual PGR, porque é uma prerrogativa dele e, além disso, a pessoa escolhida também passará pela sabatina do Senado. Então, ele tem que ter o tempo dele para decidir, até porque o Brasil já passou por situações de interinidade antes", afirmou.

Padilha também parafraseou Lula, ao justificar o fato de que interlocutores e aliados estariam dando sua opinião a respeito dos possíveis indicados à PGR. Como já é fato conhecido sobre o presidente, ele tem o hábito de entrevistar candidatos a cargos de confiança, além de ouvir opiniões de lideranças que o circundam.

"O presidente sempre gosta de falar que 'Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, para ouvir mais do que falar', então, é natural que ele goste de saber o que as pessoas no seu entorno têm a dizer", brincou Padilha.

O mandato de Aras termina nesta 3ª feira (26.set) e, de acordo com as expectativas, a subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos deve assumir interinamente o posto.

Após a definição de um nome por parte de Lula, o plenário do Senado recebe o indicado para uma sabatina, que determinará a sua escolha como titular da Procuradoria-Geral da República.

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