Novo ensino médio será enviado ao Congresso até setembro, diz Camilo Santana
Ministro da Educação nega adiar programa, como pedido por estados, e cita negociações na próxima 2ª
O ministro da Educação, Camilo Santana, amenizou o pedido de estados para adiar a implementação do novo ensino médio e disse que o Ministério da Educação (MEC) vai manter o projeto, se adequando a eventuais transições. Ao SBT News, o ministro confirmou intenção de levar o tema ao Congresso até o mês de setembro.
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O posicionamento, dado nesta 4ª feira (23.ago), vem após estados pedirem pelo adiamento da implementação do programa. Camilo Santana diz que as ponderações apresentadas por secretários de educação serão consideradas e estão voltadas para o período de transição, e que o programa não será adiado. Uma reunião com o Conselho Nacional de Educação e representantes estaduais para discutir o tema está prevista para a próxima 2ª feira (28.ago).
"Os secretários têm colocado a necessidade de haver um período de transição em qualquer mudança. Isso é natural. Você não pode fazer uma mudança em relação ao ano letivo, está em andamento, qualquer planejamento de abrupta, de forma rápida. Tem que fazer uma coisa planejada, uma coisa dialogada construída. É assim que nós fica acreditando que nós desejamos melhorar o que pode ser melhorado, aperfeiçoar o que pode ser aperfeiçoado e garantir um melhor ensino médio, de qualidade", declarou Camilo Santana ao ser questionado pelo SBT News.
O ministro também disse ter se reunido com secretários de educação para tratar o tema na última 3ª, e que próximos encontros vão dar o tom da proposta que será enviada ao Congresso. "Fechado de uma proposta para ser encaminhada ao Congresso Nacional ainda esse mês de setembro para ser apresentado agora, mas demorar mais um pouco na implementação".
Novas regras fiscais
Camilo Santana lamentou a decisão da Câmara dos Deputados em deixar de fora da nova regra fiscal os investimentos em ciência e tecnologia, mas celebrou a manutenção do benefício concedido ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
"Infelizmente cortaram o fundo [de ciência e tecnologia], mas fico feliz em terem deixado o Fundeb de fora", disse. "É uma grande vitória para a educação brasileira", completou.