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Empresas aéreas de baixo custo podem operar no país ainda este ano, segundo ministro

Márcio França, chefe da pasta de Portos e Aeroportos, afirmou que fez reuniões com a empresas chamadas de low cost

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marcio frança
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Em entrevista exclusiva ao SBT, nesta 5ª feira (13.jul), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, expôs que empresas aéreas de baixo custo tem estudado o mercado brasileiro, realizado reuniões com o governo federal e podem começar a operar no país ainda este ano. "Se voce afinar a procura, vai ver que já tem empresas internacionais fazendo low cost do Brasil para outro país", afirmou.

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De acordo com o ministro, as passagens aéreas ofertadas por essas companhias custam, em média, 50% menos do que as disponíveis em empresas tradicionais. Uma das justificativas é a taxa de ocupação de assentos - sempre acima de 95% - e os serviços cobrados à parte, como transporte de bagagem, bebidas e alimentos.

O governo tem interesse na oferta deste tipo de serviço por vê-lo como uma estratégia de ampliação do acesso à viagens aéreas pela população. O esforço para atrair as low cost se soma à articulação feita, nos últimos meses, com companhias tradicionais, para a estruturação do programa "Voa Brasil", com oferta de passagens aéreas a preços reduzidos. A previsão é de que ele seja lançado no final de agosto.

Segundo o ministro, na primeira etapa, apenas aposentados e pensionistas poderão acessar o programa. As quatro principais empresas do setor nacional - Azul, Gol, Latam e VoePass - irão disponibilizar bilhetes por até R$ 200 em viagens nacionais. Cada beneficiário poderá adquirir até quatro passagens por ano neste valor, com possibilidade de compra de bilhetes para terceiros. Para estar enquadrado, o aposentado ou pensionista não poderá ter viajado de avião nos últimos doze meses.

"A pessoa terá que se programar porque isso é nos meses da baixa temporada: março, abril, maio, um pedaço de junho, agosto, setembro, outubro e novembro. Nestes meses, os aviões voam com 21% a menos de passageiros. Eles saem voando de qualquer jeito e os assentos estão vazios. Nós pretendemos preencher estes assentos", explica França.

A ideia é de que o usuário acesse o sistema do programa a partir do CPF, selecione o trecho desejado e veja as opções de voos. "A pessoa diz 'eu quero ir de Brasília pra Recife' e daí ela vai ser remetida pras companhias já com esses voos de Brasília a Recife disponíveis a 200 reais, no prazo que tiverem. Aí a pessoa faz a opção, porque dentro dos 200 reais podem ter as preferências das pessoas e, é claro, que as companhias vão fazer seus horários. 'Meu horario é esse, eu só tenho pra maio'. 'Eu só tenho pra agosto' e a pessoa se programará pra essa data", completa.

A expectativa do ministério é de que o programa faça com que 120 mil pessoas voem a mais a cada mês. Turismo e economias locais também devem ser impulsionados a partir da iniciativa. "Nós temos feitas muitas conversas para que estados e municipios fechem parcerias. Por exemplo, a pessoa chega numa cidade e, se ela voar no Voa Brasil, passa a ter desconto no hotel, na alimentação, na companhia de táxi. Isso, com o tempo, faz com que você possa também reduzir o próprio preço do serviço, porque quando você tem tudo lotado, evidente que o preço do próprio serviço pode cair", projeta França.

A colaboração com o programa "Voa Brasil" também é usada pelo governo em negociações com as companhias tradicionais para possíveis reduções no preço do querosene de aviação. "O combustível da aviação no Brasil representa 40% do preço da passagem. Ele não é tao significativo do ponto de vista da Petrobras, porque o que arrecada a Petrobras com o QAV é muito pequeno comparado com o restante do combustível. Então é possivel, como nós fizemos nesse ano, a redução do preço. Mas, é preciso que as companhias entendam: se elas ficarem trabalhando pra um grupo especifico e minoritario, a gente nao tem força pra esse argumento".

Confira a entrevista completa:

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