Lula assume presidência do Mercosul visando concluir acordo com UE
Presidente regressa ao cargo após 13 anos de ausência; reunião acontece na Argentina
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume, nesta 3ª feira (4.jul), a liderança rotativa do Mercosul - grupo de países formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A cerimônia será realizada durante a 62ª reunião dos chefes de Estado do bloco, sediada na cidade de Puerto Iguazú, na Argentina - atual presidente do grupo.
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Lula assume a liderança do Mercosul após 13 anos, quando também foi presidente do bloco econômico. Agora, um dos principais objetivos do petista é concluir o acordo comercial com a União Europeia até o fim deste ano, data em que termina o prazo da liderança rotativa. O documento foi assinado em 2019, mas continua aguardando a ratificação de todos os países signatários.
"O governo está traduzindo as instruções do presidente Lula para um documento que será apresentado primeiro aos parceiros do Mercosul, e depois à União Europeia. É um processo que não é tão rápido porque os acordos são muito delicados e têm exigido um trabalho de coordenação interna muito intenso", disse o embaixador Maurício Lyrio.
Outro tema que está na pauta de discussões é as "regras de origem", um mecanismo para garantir as boas práticas de comércio e inserir o Mercosul nas cadeias globais de produção. Os países ainda devem debater a cooperação nas áreas da saúde, educação, defesa, proteção às mulheres, aos povos indígenas, e proteção aos cidadãos dos países do bloco.
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As situações de países sul-americanos e latino-americanos que buscam uma maior integração com o bloco também serão avaliadas. É o caso da Bolívia, cujo processo está em estágio avançado. Nações como Chile e Colômbia estão em processo de implementação, enquanto República Dominicana e El Salvador mantêm diálogos exploratórios com o Mercosul.