Governo anuncia medidas para baratear em 10% preço do carro popular
Lula se reuniu com ministros e representantes do setor automotivo no Planalto
O governo anunciou nesta 5ª feira (25.mai) medidas que poderão tornar os carros populares zero quilômetro mais baratos. Atualmente, o automóvel mais em conta disponível no mercado brasileiro custa cerca de R$ 70 mil reais.
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De acordo com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o governo promoverá cortes de tributos de IPI e PIS-Cofins que podem garantir descontos no preço final do veículo entre 1,5% a 10,96%. Esses descontos serão apenas para carros até R$ 120 mil.
Por exemplo, se o carro custa R$ 70 mil, ele sairá por cerca de R$ 62 mil. Mas Alckmin diz que outras medidas podem baixar ainda mais esse valor, como, por exemplo, a venda direta da indústria diretamente para o consumidor.
Entretanto, para o vice-presidente, o governo ainda aguarda um parecer técnico do ministério da Fazenda confirmando a viabilidade fiscal de toda essa iniciativa. A pasta terá 15 dias para entregar o estudo e, então, o governo deve editar uma Medida Provisória prevendo as mudanças. A MP tem efeito imediato, mas tem que ser confirmada pelo Congresso Nacional em até 180 dias.
"O Ministério da Fazenda pediu 15 dias para avaliar como fazer esse incentivo. Depois, devemos publicar a MP", disse Alckmin.
Geraldo Alckmin também destacou que essas isenções tributárias para derrubar o preço dos carros será provisória, mas não precisou quanto tempo vai durar.
A variação deste desconto entre 1,5% e 10,79% vai depender de três fatores: o preço do carro, o quanto de poluente ele emite e a abrangência da densidade industrial, ou seja, quanto mais etapas de fabricação de peças e montagens ocorre no Brasil.
Portanto, o carro mais barato, que polui menos e tem boa parte de suas peças feitas no país, poderá alcançar o maior desconto em seu valor final.
De manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participaram de uma reunião no Palácio do Planalto com representantes de entidades do setor automotivo, como empresários e trabalhadores. Discutiram sobre meios de facilitar o acesso da população a carros novos e de fomentar as indústrias ligadas direta e indiretamente ao setor.
No fim do dia, Lula viaja para São Paulo, onde vai participar de um evento na Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, para comemorar justamente o Dia da Indústria.