Publicidade
Governo

Assessor especial de Lula para assuntos internacionais vai visitar a Ucrânia

A ucranianos em Portugal, ministro disse que Celso Amorim vai a Kiev para encontro com Zelensky

Imagem da noticia Assessor especial de Lula para assuntos internacionais vai visitar a Ucrânia
Celso Amorim (Wikimedia Commons)
• Atualizado em
Publicidade

O ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, atual assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, visitará a Ucrânia, por determinação do chefe do Executivo do Brasil. A informação foi confirmada, nesta 6ª feira (21.abr), pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, em entrevista concedida a jornalistas após se reunir, na Embaixada do Brasil em Lisboa, com representantes da comunidade de ucranianos em Portugal.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Em 25 de março, Amorim se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou - capital da Rússia, país invasor da Ucrânia. Ainda não há data para a ida do assessor especial ao território ucraniano, de acordo com Márcio Macêdo.

Na entrevista, o ministro disse ainda que a posição do Brasil na guerra entre Rússia e Ucrânia é de "neutralidade". "Por uma razão muito simples: se o Brasil tomar partido por um lado ou por outro, perde a autoridade política de juntar pares e países para encontrar um caminho para a paz. Esse é o sentimento do presidente Lula e essa é a tradição do Brasil", complementou.

Reunião

No encontro com representantes da comunidade de ucranianos em Portugal, neste sábado, Márcio Macêdo recebeu uma carta enderaçada a Lula. "Recebi eles na embaixada brasileira, com o embaixador [Raimundo] Carreiro, e eles entregaram uma carta solicitando a intervenção do presidente Lula nesse conflito da guerra da Rússia contra a Ucrânia e convidando o presidente para ir à Ucrânia. O presidente determinou que eu os recebesse, que ouvisse", falou o ministro.

Segundo Márcio Macêdo, explicou aos representantes qual é a posição do governo brasileiro e de Lula. "A vocação do Brasil e do presidente é pela paz. Então eu disse para eles que os recebi com muita honra na casa do Brasil aqui em Portugal, que é embaixada, como ministro de Estado, e que o Brasil e Lula tem a vocação pela paz, e o presidente vai trabalhar para unir outros países para buscar uma alternativa para acabar com esse conflito que não faz bem à humanidade e já durou tempo de mais", acrescentou.

O chefe do Executivo federal brasileito pediu a Macêdo que, no encontro, em nome dele, se solidarizasse à dor das famílias vitimadas pela guerra e dissesse, nas palavras do ministro, "que ele vai estar, assim como ele tem uma obsessão de acabar com a fome novamente no Brasil, que ele acabou no primeiro governo e que infelimente o Brasil voltou ao mapa da fome, ele tem também essa determinação de ajudar que esse conflito acabe e que a paz possa reinar no mundo".

Conforme comunicado divulgado pelo Planalto sobre a reunião, nela o ministro informou que Celso Amorim, por determinação de Lula, vai a Kiev para um encontro com o presidente Volodymyr Zelensky.

Realidade da guerra

O governo da Ucrânia convidou Lula a visitar Kiev para que "compreenda" a realidade da guerra provocada pela Rússia, um dia após a visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, ao petista. Anteriormente, ainda em sua viagem à China, Lula afirmou que o Ocidente está contribuindo para a continuidade do conflito, em vez de buscar pela paz. A declaração foi criticada pelo governo dos Estados Unidos, que acusou o Brasil de estar "papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto".

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade