Lula sobre inflação: "Se a meta está errada, muda-se a meta"
Presidente também afirmou que não vai ficar brigando com Banco Central
Aconteceu na manhã desta 5ª feira (06.abr), no Palácio do Planalto, em Brasília, o café da manhã do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) com jornalistas. No encontro, o presidente respondeu a perguntas dos presentes e falou sobre economia, Banco Central, indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), guerra da Ucrânia, entre outros temas.
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Lula disse que ouviu dizer de um jornalista que o presidente do Banco Central teria dito que para alcançar a meta de inflação estabelecida hoje seriam necessários juros de 20%. Então, neste contexto, Lula disse "se você tem alguém que estabelece uma meta e não vai cumprir, não estabeleça meta".
Sobre a indicação para a nova composição do Banco Central, Lula afirmou que Campos Neto ainda tem dois anos de mandato e não vai ficar brigando com o BC, mas quando for a hora de mudar, Lula vai "mudar de acordo com os interesses do governo, mas com responsabilidade".
Lula também enfatizou que assim que voltar da viagem à China e Abu Dhabi, no dia 16 de abril, ele vai enfrentar a questão da geração de créditos. Disse estar muito empenhado em oferecer crédito mais barato para pequenos e médios empresários e produtores rurais, por exemplo. Acredita que esta é uma forma de incentivar os investimentos e aquecer a economia
Ao ser perguntado se pararia de ficar falando sobre o senador Sérgio Moro e sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula devolveu:
O (ministro da Comunicação Paulo) Pimenta tem me orientado todos os dias a não falar esses nomes que você falou. Não tenho que falar nem da "coisa", nem do "coiso". Eu só tenho um compromisso, que é falar sobre o futuro desse país.
Questionado sobre a nova postura das relações internacionais do Brasil, Lula disse estar ansioso para a viagens internacioanais e falou que quer conversar com o presidente da Ucrânia, Vladmir Zelensky, e o presidente russo, Vladmir Putin, porque é necessário "alguém de fora" para ajudar parar a guerra. "Eu estou convencido que tanto a Rússia quanto a Ucrânia estão esperando alguém de fora falar 'vamo parar'", disse.
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