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Governo

Campos Neto reconhece juro mais alto do mundo, mas justifica

Em evento, presidente do BC comentou ainda sobre inflação e autonomia do banco

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Campos Neto reconhece taxa de juro mais alta do mundo, mas vê razões
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Durante participação de evento promovido pelo Esfera Brasil, nesta 4ª feira (5.abr), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conversou com participantes e comentou sobre a taxa de juros, inflação e autonomia do BC, dentre outros temas.

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Sobre a regra fiscal apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Neto disse que vê o governo com "um grande esforço" para atingir uma receita maior através de correção de distorções da forma "mais eficiente possível".

O presidente assumiu que a taxa de juros é a mais alta do mundo e comentou que ele e os diretores do Banco querem que caia os juros, que "nem um Banco Central quer ter juros altos", mas que tentam suavizar o "máximo possivel", de forma que cause o "mínino de dano à economia".

Campos Neto ainda destacou a importância da autonomia do BC, o que causa estabilidade pela diminuição de influência do governo no banco e de influência do próprio presidente ao Banco.

"Não só o governo tem menos poder em relação ao Banco Central, como eu também tenho menos poder em relação ao Banco Central e isso é saudavel, porque isso faz com que a gente tenha uma continuidade", afirmou. "O que a gente não quer é gerar uma ruptura no BC quando tem uma pessoa que sai e uma pessoa que entra", afirmou se referindo à troca de presidentes.

Em alusão às críticas que recebe, o presidente disse que não se deve "personificar" o BC em uma única pessoa e que as decisões não são tomadas somente por ele. "Do mesmo jeito que eu tenho um mandato autônomo em relação ao Executivo, todos os diretores tem um mandato autônomo em relação a mim", disse. 

O presidente do Banco Central disse que é importante dar explicações sobre a taxa de juros. Falou que apesar de ser a mais alta, a taxa não é dobro da do México, que apresenta a segunda maior do planeta, assim como apontou que a atual taxa está mais baixa do que na média dos últimos 15 anos, quando comparada a do mundo emergente na época.

"Eu tento ser realista, incorporar o cenário nos nossos modelos e acho que o problema dos juros é um problema de todos nós: É do Banco Central, do governo, das pessoas, e a gente tem que trabalhar junto para resolver, mas temos que dar explicações e não ficar apontantdo o dedo"

Finalizou a participação no evento afirmando que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 2 e 3 de maio, terá um trabalho conjunto do comitê para que "a inflação vá para a meta, com o ínimo de custo possível para a sociedade".

Assista à integra da palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no evento promovido pela Esfera Brasil:

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