"Não estou propondo casamento, estou propondo governar", diz Lula
Presidente volta a dizer que tem quatro anos para consertar o país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a dizer, nesta 6ª feira (3.mar) que "tem quatro anos para consertar o país". Lula participou da entrega de 1.440 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Rondonópolis (MT).
No discurso, Lula disse que não importa se o governador é aliado ou de oposição e que "não está propondo casamento, mas, sim, governar, cuidar e tratar do povo com respeito".
"A eleição terminou no dia 30 de outubro [de 2023]. Quando eu venho a um estado, não quero saber se o governador foi contra ou favor. Não quero saber de qual partido é o governador. Quero saber que ele está eleito e que eu tenho que trabalhar junto com ele para o cuidar do estado, da cidade, das pessoas", disse.
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O presidente ressaltou o trabalho de infraestrutura feito pelo prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), na área de saneamento básico da cidade. "Eu fiquei muito feliz, prefeito, quando você disse que Rondonópolis é uma cidade que tem coleta de esgoto em 100% das casas, que tem tratamento de água em todas as casas. Isso demonstra respeito pelo povo, isso demonstra qualidade de saúde, qualidade de vida", apontou.
"Eu não sei que desgraça foi feita, não sei que desgramado colocou a mão neste país que ele parou de andar pra frente, que deixou de ser o país da alegria, da verdade, da distribuição de renda, para ser o país da mentira, do ódio, da provocação", citou Lula em mais uma crítica ao governo do ex-presidente Bolsonaro.
Picanha
Ele também disse que o preço da carne já caiu 15%, mas que "é preciso cair mais". Segundo Lula deve levar um tempo para gente "consertar" o Brasil, visto que o governo pegou o país "semi-destruído" e que "eles acabaram com tudo", em referência ao governo do ex-presidente Bolsonaro.
Aludindo a uma das promessas de campanha, que o povo voltaria a comer picanha durante seu governo, Lula prometeu voltar a Rondonópolis em 2024 para inaugurar as outras duas etapas restantes do Minha Casa, Minha Vida na cidade e comemorar com um churrasco -- e sem esquecer dos vegetarianos.
"Eu quero dizer ao prefeito: eu vou voltar aqui outra vez e você vai nos oferecer um churrasco, e nesse churrasco vai ter a picanha; não só a picanha, que a gente gosta de costela, a gente gosta de alcatra, de maminha, a gente gosta de um monte de pedaço de carne. E, olha, quem é vegetariano, nós vamos tratar de ter uma agricultura saudável para que as pessoas possam comer uma salada bem tratada", disse.
Violência
O presidente lembrou do assassinato de sete pessoas em Sinop (MT) para ilustrar como o Brasil virou um país do "ódio", quando costumava ser uma "sociedade fraterna".
"A gente vê na TV todo dia pessoas agredindo pessoas, agredindo no mercado, no aeroporto, no shopping, ou seja o país foi tomado pela violência, quando o país era habituado a ser uma sociedade fraterna, que gosta de dançar, de música, de carnaval, de trabalhar, de fazer seu churrasquinho no fim de semana, de viver decentemente. Esse país foi tomado pelo ódio e eu tenho o compromisso de restabelecer a fraternidade nesse país", afirmou.
Programa habitacional
Em nota, o Palácio do Planalto explicou que "o residencial Celina Bezerra estava entre as 186 mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) -- faixa 1 não concluídas até janeiro de 2023.
Em Rondonópolis, foram entregues moradias com 46,55 metros quadrados de área privativa, das quais 44 são residências adaptadas. O empreendimento conta com poço artesiano, drenagem de águas pluviais, estação elevatória e emissário de esgoto.
O local dispõe de equipamentos públicos como escolas, creches, unidades básicas de saúde, centro esportivo, além de obras de pavimentação, iluminação pública do acesso e reservatório de água potável".