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"O Brasil voltou", diz ministro Silvio Almeida na ONU

Ministro dos Direitos Humanos fala em "devolver domínio aos indígenas de suas terras"

"O Brasil voltou", diz ministro Silvio Almeida na ONU
Homem de óculos olha sorrindo para o lado
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Com o objetivo de recolocar o Brasil de volta ao protagonismo da agenda dos Direitos Humanos, o ministro Silvio Almeida, discursou na Conferência da ONU, na manhã desta 2ª feira (27.fev), em Genebra, na Suíça.

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Silvio afirmou que o Brasil e o mundo enfrentam "uma encruzilhada histórica" e que chegou o momento de "sarar as feridas" ao citar o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. 

"Como viu e sentiu Nelson Mandela, ao tomar posse como presidente da África do Sul, eu também sinto que, para nós, brasileiros e cidadãos de todo o mundo, é chegado o momento de sarar as feridas. O momento de transpor os abismos que nos dividem. O momento de construir", discusou.

Após denunciar a situação do povo Yanomami no Brasil, Silvio falou de devolver "o efetivo domínio das terras indígenas" e criticou o ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), ao afirmar ter encontrado "um quadro escandaloso de desmonte, negligência e crueldade". 

Sobre os assassinatos de Marielle Franco, Dom Philips e Bruno Pereira, o ministro anunciou que é preciso lutar para que "o brutal assassinato de uma promissora política brasileira, mulher negra e corajosa defensora dos direitos humanos, Marielle Franco, não fique impune e grave na memória e no espírito da nossa sociedade a dignidade da luta por justiça".

O ministro destacou ainda os aniversários de 75 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos e os 30 anos da Conferência de Viena para fazer um paralelo com o resgate de políticas de direitos humanos voltadas para os tempos atuais, como o combate ao trabalho escravo, a violência estatal contra a juventude pobre e negra no Brasil, recuperar pessoas em situação de rua, reestabelecer os direitos sexuais e reprodutivos às mulheres no país, política de acolhimento dos órfãos da Covid e para pessoas com deficiência.

No campo da saúde, Almeida priorizou o foco a ciência e a luta antimanicomial, além do enfrentamento ao HIV e AIDS e "a defesa do acesso equânime a medicamentos e vacinas, principalmente no contexto de pandemias como a que nós vivemos".

Com um aceno à reestruturação das articulações de governo, o responsável pela pasta propôs o estabelecimento de quatro novas alianças: para a sobrevivência, focada em medidas socioambientais para preservação do meio ambiente; para a vida decente, visando erradicar a pobreza e estabelecer melhores condições de vida a população; o direito ao desenvolvimento "reinventar o direito ao desenvolvimento, para que este penetre definitivamente na gramática das lutas populares da periferia do capitalismo" e para luta contra o ódio, em uma sinalização contra os discursos de ódio racistas, xenofóbicos, sexistas e LGBTfóbicos que, segundo ele, são propagados pela extrema-direita.

"É nossa missão fazer com que o amor, a solidariedade e a paz também não conheçam fronteiras". O discurso também funcionou como ponte para o Brasil pedir o apoio internacional à candidatura ao Conselho de Direitos Humanos no mandato 2024-2026.

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