Ministro da Fazenda se reúne com bancada do PT no Senado
Petistas trataram sobre imposto de renda, valorização do salário mínimo e reforma tributária
Guilherme Resck
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta 3ª feira (7.fev) com senadores do Partido dos Trabalhadores (PT), sigla à qual é filiado. De acordo com Haddad, tratou-se de "um almoço inaugural de uma relação que vai se desdobrar aí ao longo dos anos".
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Relação, em suas palavras, "para proveito mútuo". "Para a gente trocar impressões, ideias, projetos e para facilitar a vida das nossas lideranças no Senado, na tramitação daquilo que é importante para a sociedade brasileira: retomar desenvolvimento com justiça social", pontuou o ministro.
"Então eu espero que esse tenha sido o primeiro de muitos almoços, não será feito só com a bancada do PT, evidentemente, nós temos todo o interesse em nos aproximar da Casa, do Senado como um todo, para que as matérias sejam analisadas com sobriedade, com tranquilidade, mas com determinação também, porque o Brasil tem pressa", complementou, em vídeo publicado no Twitter.
Participaram do almoço com Haddad ao menos Augusta Brito (CE), Beto Faro (PA), Humberto Costa (PE), Teresa Leitão (PE) e Paulo Paim (RS). Foram abordados temas como imposto de renda, valorização do salário mínimo, a reforma tributária e a tramitação da Medida Provisória (MP) 1160/2023, que altera regras do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), e da MP 1158/2023, que coloca o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no guarda-chuva do Ministério da Fazenda. Ambas as medidas são de interesse direto da pasta de Haddad.
De acordo com Paim, os senadores e o ministro trataram, por exemplo, sobre a resolução dos devedores da Receita. "Para encontrarmos um caminho, além de mexer na tabela do Imposto de Renda. Precisamos ver qual será o novo teto de isenção, na campanha já falávamos sobre isso, portanto, há um compromisso de avançarmos nesse sentido", acrescentou.
Em relação ao salário mínimo, conforme Paim, a ideia debatida no encontro é apresentar, até 1º de maio, nova política de reajuste do benefício com o cálculo da inflação mais o Produto Interno Bruto (PIB). "Assim, é possível que haja um novo reajuste [salarial] para além desse que já tivemos [no começo do ano]", ressaltou.
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