Lula defende diálogo e integração regional de países latino-americanos
Brasil retoma a participação no grupo que discute questões da América Latina e Caribe
Giovanna Colossi
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a integração regional e celebrou o retorno do Brasil ao cenário internacional, nesta 3ª feira (24.jan), na 7ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). O encontro ocorre em Buenos Aires, na Argentina, e marca a volta do Brasil ao grupo.
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Em 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia suspendido a participação brasileira na cúpula. "É com muita alegria e satisfação muito especiais que o Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar lado a lado com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade", afirmou Lula.
Em discurso, o presidente lembrou do espírito de união que juntou, pela primeira vez, governos latino-americanos e caribenhos na 1ª Cúpula de Países da América Latina e Caribe (CALC), na Costa do Sauípe (BA), em 2008.
Sentido
O encontro de 2008 deu origem à Celac, estabelecida formalmente em 2010, em Cancún (México). "Aquela reunião teve um sentido histórico e que segue muito atual, porque foi a primeira vez que os chefes de estado e de governo da América Latina e do Caribe nos reunimos, sem qualquer tutela estrangeira, para discutir nossos problemas e buscar soluções próprias para os desafios que compartilhamos", reforçou o presidente.
"Esse espírito de solidariedade, diálogo e cooperação, em uma região do tamanho e da importância da América Latina e do Caribe, não poderia ser mais atual e necessário."
Lula também agradeceu aos países que se colocaram ao lado do Brasil e das instituições nacionais sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, ocorridos em Brasília. Ele reforçou a contribuição que a região pode dar para a "construção de uma ordem mundial pacífica, baseada no diálogo, no reforço do multilateralismo".
O retorno do Brasil à conferência foi aplaudido pelos representantes dos 33 países-membros e celebrado pelo presidente da Argentina, Alberto Fernandez, durante a abertura da reunião. "A Celac sem o Brasil é uma Celac muito mais vazia", afirmou.
Outros compromissos
Ainda nesta 3ª, Lula deve participar de uma audência com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu. Posteriormente, ele se reunirá com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
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Logo depois, o petista participará de um encontro com a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, e com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. Na 4ª feira (25.jan), viajará para o Uruguai, onde será recebido pelo presidente Luis Alberto Lacalle Pou.
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