Alckmin fala sobre reindustrialização e sustentabilidade durante posse
Novo ministro do MDIC lembrou ainda da importância do BNDES para a economia
Milena Teixeira
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, tomou posse, nesta 4ª feira (4,jan), como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A cerimônia contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de outros ministros e políticos.
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Aos empresários, o ministro disse que o país deve ter mais participação no comércio exterior. "Estamos seguros de uma maior integração com o comércio exterior para o fortalecimento da indústria, do aumento das exportações. O empresariado pode ficar resiliente. Será a reconciliação do Estado com o setor privado", declarou.
No discurso, Geraldo Alckmin reforçou a importância da indústria na geração de empregos, na arrecadação federal e no desenvolvimento de novas tecnologias. Além disso, fez uma "convocação" pela união em prol da retomada do crescimento e do desenvolvimento sustentável.
"A hora é de união e reconstrução. A reindustrialização é essencial para retomar o desenvolvimento sustentável. A indústria brasileira precisa urgentemente retomar seu protagonismo. Vamos privilegiar economias limpas. O Brasil será o grande protagonista do processo de descarbonização", disse Alckmin.
Em outro momento, Geraldo Alckmin, lembrou que o MDIC vai trabalhar de forma integrada com outros ministérios, em especial com o do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva.
"Essa é uma agenda prioritária, inclusive para assegurar competitividade do produto nacional. A política precisa estar em sintonia com a necessidade da economia mundial. A sociobiodiversidade será ponto de partida da nova política industrial, algumas frentes nessa natureza incluem complexo industrial da saúde, energias renováveis, hidrogênio verde e mobilidade", declarou.
Além disso, o novo ministro afirmou que o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) será "a principal alavanca do ministério na retomada da industrialização e da política de desenvolvimento social no país". E classificou a reforma tributária como "fundamental para atingir o desenvolvimento e para conseguir avançar uma política industrial contemporânea".
Durante a fala, Alckmin elogiou Lula diversas vezes. Em uma delas, o ministro afirmou que possui um compromisso "inabalável" com o petista.
"A nossa união, Lula, não é episódica. A nossa união é por um país, por um povo e por seu direito de viver num regime democrático e num país verdadeiramente produtivo. Tenha em mim, presidente Lula, aquele em que o senhor poderá confiar sempre a primeira e mais árdua missão", finalizou.