Liberações de agrotóxicos terão que ser "revisitadas", diz novo ministro
Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Regional, falou que Bolsonaro "liberou geral"
Débora Bergamasco
O futuro ministro do Desenvolvimento Regional, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), afirmou que a atual política para uso de agrotóxicos tem que ser "revisitada". Na avaliação dele, o governo de Jair Bolsonaro "liberou geral", foi "altamente permissivo" e o brasileiro está comendo "muito veneno".
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Ele admite que o tema dos agrotóxicos deve ser discutido em conjunto com outros órgãos, especialmente com o ministério da Agricultura, cuja atuação será mais voltada ao agronegócio. Disse que a alimentação saudável interessa às duas pastas.
A de Teixeira vai cuidar dos pequenos produtores agrícolas, sobretudo agricultura familiar, incluindo movimentos sociais e cooperativas. Também estarão vinculados ao ministério o Incra, com atuação na reforma agrária, o Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, e o Ater, Assistência Técnica de Extensão Rural.
Como o anúncio de Teixeira no Desenvolvimento Regional foi na quinta-feira (29.dez), ele ainda não teve tempo de definir quem serão os diretores dessas instituições. Ele ainda está tomando pé da futura pasta. O deputado atuou como um dos coordenadores do Grupo Técnico da Justiça, durante a transição. Na campanha, ajudou a formatar propostas para a área de Segurança Pública.
O petista explicou a mudança de área, considerada uma "reviravolta". "Foi por conta da composição política, então já mudei a chave", complementa.
Financiamento
Ele também defendeu o financiamento com subsídios para os pequenos produtores, disponibilizando mais volume de recursos e com juros mais baratos. Essa foi, inclusive, uma das promessas da campanha presidencial de Lula.
Destacou a importância de a Conab voltar a formar os estoques reguladores de alimentos, com o objetivo de evitar desabastecimento e também para ajudar no controle da inflação ligada à comida.