"Tudo que conversamos está sendo cumprido", diz Bolsonaro sobre Putin
Em discurso no Global Agribusiness Forum 2022, presidente defendeu sua equipe de ministros também
Guilherme Resck
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta 2ª feira (25.jul) que "tudo" que conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no encontro em fevereiro -- às vésperas do início da guerra na Ucrânia -- está sendo cumprido. A afirmação foi feita em discurso na cerimônia de abertura do Global Agribusiness Forum 2022, em São Paulo.
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"Fomos à Rússia, conversei com o presidente Putin, sobre a crítica de 99,9% da imprensa brasileira, sobre a crítica de outros países, mas eu sou o presidente do Brasil. Quero paz, não quero guerra em lugar nenhum do mundo, faço o possível por isso, mas não posso trazer um problema lá de fora para o nosso colo, sem poder solucioná-lo. Ficaríamos com dois problemas. Fizemos a nossa parte", começou Bolsonaro. Na sequência, pontuou: "O presidente Putin me atendeu muito bem. Três horas de conversa. Presente do meu lado, eu, uma pessoa do quadro do Itamaraty, do lado de lá o presidente, duas pessoas dele. Três horas de conversa fantástica. Interesses mútuos. Tudo que nós conversamos está sendo cumprido. Tanto é que quase 30 navios já aportaram aqui depois dessa conversa, garantindo insumos para o nosso agro".
Segundo o chefe do Executivo federal, se o Brasil reduzisse a produtividade por falta de fertilizantes, teria inflação e "quem sabe até mesmo desabastecimento" como problemas internos. No último mês de junho, Bolsonaro voltou a conversar com Putin, mas por telefone. Na ocasião, os dois líderes se mostraram dispostos a reforçar as parcerias já existentes, incluindo as das áreas da agricultura e energia, e o presidente da Rússia garantiu a liberação de fertilizantes para o Brasil.
No discurso desta 2ª feira, o presidente brasileiro também defendeu sua equipe de ministros: "não tem nenhum motivo para trocar nenhum ministro no momento". Sobre o titular da pasta da economia especificamente, Paulo Guedes, disse vê-lo como um "grande ministro".
"O Brasil vai indo muito bem. Falaram agora há pouco que o Paulo Guedes é um grande ministro. Eu não discordo disso. Mas muita gente já pediu a cabeça dele para mim. Em um momento de crise, como se nesses momentos fosse a hora de trocar o paraquedas. Não, é um momento de união. É acreditar na capacidade dele. Nenhum motivo tinha que ele estaria trabalhando de outra maneira, a não ser nos atender", declarou.
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