Diante do presidente do STF, Bolsonaro questiona segurança eleitoral
Chefe do Executivo também voltou a se referir aos militares como "meus comandantes de Força"
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Em comemoração ao Dia do Exército, celebrado nesta terça-feira (19.abr), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a colocar em dúvida a segurança das urnas eletrônicas. Ao cumprimentar as Forças Militares, o Presidente da República reforçou que o Exército também é responsável pela garantia da liberdade, fundamental para o exercício da democracia, que não pode ser exercita "sob suspeição".
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As declarações foram dadas diante de autoridades como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, críticos públicos das investidas bolsonaristas contra o sistema eleitoral. Ambos também participavam do evento, juntamente com ministros do governo.
"As Forças Armadas não dão recado. Elas estão presentes. Elas sabem como proceder e sabem o que é melhor para o seu povo, o que é melhor para o seu país. Elas tem participação ativa na garantia da lei e da ordem, da nossa soberania, e do regime ao qual o povo quer viver. E nós sabemos que esse regime está, acima de tudo, na nossa liberdade. Porque todos sabem que um homem e uma mulher sem liberdade não vivem. Tenho dito que a nossa preocupação é com o cumprimento da Constituição. É pelo bem estar de todos. É com a paz e com a harmonia. Todos sabem [?] que a alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral. Sistema esse que, cada vez mais, deve ser zelado por todos nós. E quem dá o norte para nós são as urnas, que ali fazem surgir não só o presidente da República, bem como a composição do nosso parlamento. Não podemos, jamais, ter eleições no Brasil que sobre ela paire o manto da suspeição. E esse compromisso é de todos nós, presidentes dos poderes, comandantes de Forças [?] todos nós somos agentes desse processo", afirmou Bolsonaro
Durante as declarações, Bolsonaro também parabenizou o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, por ter convidado as Forças Armadas a acompanhar o processo eleitoral. O chefe do Executivo disse ainda que acredita que as eleições vão ocorrer normalmente, mas voltou a discursar para que "todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição". A fala foi encerrada com agradecimento ao que chamou de "meus comandantes de Força", em nova referência aos militares.