Após suspeita de superfaturamento, Bolsonaro nega corrupção no governo
Compras de ônibus escolares e de medicamento com o mesmo princípio ativo do viagra são alvos de suspeita
SBT Brasil
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não existe corrupção no governo -- e que a Polícia Federal não tem o que investigar. Em entrevista, nesta 2ª feira (11.abr), o presidente defendeu o governo no caso de suspeita de superfaturamento na compra de mais de 3.800 ônibus escolares.
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"As acusações que existem: 'ah, vai fazer uma licitação superfaturadas de R$ 900 milhões. Ah, vai fazer?' Nós temos mecanismos de controle, por isso que não tem. Nós aplicamos na prevenção. Pode acontecer um dia? Pode, a gente vai investigar, mas estamos com três anos e três meses sem problemas de corrupção", disse Bolsonaro.
O presidente também negou os casos de corrupção dentro do governo, em outra entrevista, ao grupo Liberal, do Pará: "aqui não tem visita da Polícia Federal, não tem o que investigar aqui, não fazemos nada de errado".
Bolsonaro disse também que o candidato à vice-presidência está praticamente fechado: "90% o Braga Netto. Está fechado aí".
O general Braga Netto deixou o cargo de ministro da Defesa em 31 de março. Ele cumpriu a lei eleitoral que exige a saída de ministros que vão disputar eleições. O atual vice-presidente, Hamilton Mourão, deve disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
As Forças Armadas passaram esta 2ª feira (11.abr) tentando explicar a autorização para a compra de 35 mil unidades de um medicamento com o mesmo princípio ativo do viagra, indicado para homens com dificuldade de ereção. A marinha argumenta que o remédio tem sido usado no tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar.
As informações foram obtidas pelo deputado federal Elias Vaz que, em parceria com o colega de câmara Marcelo Freixo, vai acionar o Ministério Público Federal. Os parlamentares suspeitam de superfaturamento na compra.
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