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Governo

Guedes preferia Landim na Petrobras e deve ter embates com Adriano Pires

Fundo de Estabilização da Petrobras pode ser primeiro item de desentendimento

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Rodolfo Landim
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Apesar de ter sido indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para comandar a Petrobras, a chegada de Adriano Pires na Presidência da empresa não deve significar absoluta harmonia com o governo. Ao contrário disso, já há expectativa de um pouco de tensão nas relações com a equipe econômica. 

O nome de Pires não estava no radar do ministro da Economia. Paulo Guedes manifestava preferência por Rodolfo Landim, engenheiro da área de petróleo, empresário e dirigente do Flamengo, que já foi indicado para uma vaga de conselheiro na Petrobras. A ideia do ministro era que Landim assumisse a gestão da estatal e Bolsonaro indicasse outro nome para o Conselho. 

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Paulo Guedes e Adriano Pires também já manifestaram posicionamentos diferentes em pautas afeitas à Petrobras. Por exemplo, Pires defende a criação do fundo de estabilização e no ambiente político acredita-se que ele possa ajudar o Congresso a avançar nesta pauta. Paulo Guedes, por sua vez, é contra a aprovação do fundo de estabilização usando recursos do Tesouro Nacional. 

Também há possibilidade de choques com o próprio presidente da República. Adriano Pires já fez críticas públicas às declarações de Bolsonaro que tentam responsabilizar os governadores e as alíquotas do ICMS pela alta no preço dos combustíveis. Pires ressalta que o problema com os preços inflacionados está ocorrendo no mundo inteiro e sofre o impacto da guerra da Rússia X Ucrânia, mas é veemente ao afirmar que o principal impulsionador dos valores aqui no Brasil é a depreciação do real em relação ao dólar, principalmente do ano passado para cá. 

O nome de Adriano Pires será submetido ao Conselho no próximo dia 13 de abril. A União tem maioria no colegiado e condições de aprovar as indicações de interesse de Bolsonaro, que ainda podem ser alteradas.

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