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Categorias pressionam Bolsonaro por aumento igual a policiais

Diferentes setores do serviço público criticam reajuste para apenas uma carreira

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Esplanada dos Ministérios
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Magistrados, auditores e diferentes categorias do serviço público pressionam o governo Bolsonaro para um aumento igual ao de policiais, aprovado no Orçamento de 2022. Com tempo limitado para proporcionar reajustes às carreiras - até março do ano que vem, devido às eleições - o presidente tem sido confrontado pelos pedidos de aumento.

Nesta 5ª feira (23.dez), duas associações e um sindicato divulgaram nota pública contra a decisão do governo. As críticas vieram no mesmo momento em que ocorre uma debandada da Receita Federal. Servidores de carreira pediram para deixar cargos de chefia como forma de protesto ao reajuste aprovado.

Em linhas gerais, os servidores questionam a razão de apenas um grupo específico, o de policiais, ter sido beneficiado com aumento de salários. O Orçamento do próximo ano destina R$ 1,7 bilhão para esses profissionais de segurança.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota apontando irritação sobre a medida, pontuando a proximidade do ano eleitoral. "Para efetivar o acesso da população aos serviços públicos e fundamentais, no entanto, é preciso valorizar o trabalho de todas e de todos que se dedicam às carreiras públicas", diz trecho do comunicado assinado pela presidente da associação, Renata Gil.

As críticas também foram apresentadas pela Associação Nacional dos Procuradores e Advogados Públicos Federais (ANPPREV). Entre os pontos citados pelo grupo estão o trabalho da Advocacia-Geral da União que, segundo apresentado no comunicado, tem proporcionado mais recursos públicos com os resultados de ações de combate à corrupção. "AGU economizou e recuperou mais de R$ 600 bilhões", diz trecho do texto, em relação ao ano de 2020. A associação também solicita o mesmos direitos para todas as categorias.

O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon) divulgou comunicado questionando o aumento dos preços e o impacto da inflação nos salários. O sindicato também apresentou duras críticas à escolha por apenas uma categoria.

Ao SBT News, o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público, Sérgio Ronaldo, questiona a seletividade do Orçamento que, segundo ele, deixou de fora 98% dos cargos públicos."Não somos contra que as categorias tenham reajuste. O questionamento é sobre a seletividade", disse. Ele também afirmou que os salários do funcionalismo público estão congelados há cinco anos. 

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