Saúde reduz de 5 para 4 meses intervalo da terceira dose
Ministério também marcada audiência para discutir vacinação infantil
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou neste sábado (18.dez) a realização de uma audiência pública, no dia 4 de janeiro de 2022, para debater a decisão da Anvisa que autorizou a vacinação de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer. O anúncio foi feito em entrevista coletiva, em que esteve acompanhado do Advogado-Geral da União, Bruno Bianco.
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De acordo com Queiroga, a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai), vinculada ao Ministério da Saúde, vai divulgar um documento técnico sobre o tema já na próxima semana, para consulta pública. No dia 4 de janeiro, o estudo da Câmara e a autorização da Anvisa publicada em 16 de dezembro serão debatidas. Só um dia depois, 5 de janeiro, é que o Ministério deve divulgar a decisão a respeito da vacinação infantil.
O cronograma foi divulgado por Queiroga um dia após o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandovski, determinar que o Governo Federal se manifestasse em até 48 horas sobre a vacinação infantil. Em live divulgada na quinta-feira (16.dez), o presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia manifestado descontentamento com a Anvisa pela liberação da vacina pediátrica. Em tom de ameaça, ele pediu os nomes dos técnicos da agência responsáveis pela decisão.
O Brasil não é o primeiro a liberar a vacinação da Pfizer contra Covid a crianças de 5 a 11 anos. Agências regulatórias equivalentes à Anvisa nos Estados Unidos e União Europeia já permitiram a aplicação pediátrica.
Intervalo reduzido
Ainda neste sábado (18.dez), o governo federal decidiu reduzir o intervalo de aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19 de 5 para 4 meses. A mudança foi publicada no perfil do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no Twitter e começa a valer já na próxima segunda-feira, dia 20 de dezembro.
Veja o post:
"Para ampliar a proteção contra a variante Ômicron vamos reduzir o intervalo de aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses. A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco." - Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.