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Governo

Bolsonaro rebate Fux e cita "direito de ir e vir" no Sete de Setembro

Presidente criticou advertência do ministro sobre atos; também falou sobre Alexandre de Moraes

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Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu o ministro Luiz Fux, que preside o Supremo Tribunal Federal (STF), sobre os atos previstos para o Sete de Setembro. Em declarações dadas nesta 4ª feira (2.set), o chefe do Executivo defendeu "direito de ir e vir", citando o artigo 5º da Constituição.

Mais cedo, Fux afirmou que o STF acompanhará os atos programados para o feriado de Independência, destacando pedido para que as manifestações ocorram de forma pacífica. "A liberdade de expressão não comporta violências e ameaças", disse. O presidente do Supremo também citou a democracia  e como ela está atrelada à Carta Magna.

Bolsonaro disse concordar com Fux, mas questionou o comentário do magistrado. "Palmas para o ministro. Realmente, não pode haver democracia se não respeitarmos a Constituição, em todos os seus artigos. Poderia dizer principalmente o artigo 5º, de ir e vir, o direito ao trabalho (...) a liberdade de expressão", disse.

O presidente também disse que se um ministro do STF começar a "dar problemas", os demais magistrados devem falar com ele: "Não podemos ficar refém de um parlamento, um do Executivo, ou do Supremo Tribunal Federal". Bolsonaro ainda declarou que os Poderes são importantes, e sugeriu que Fux pode ter se confundido. "Não pode ter democracia sem respeito à Constituição. É isso que eu quero, o que Arthur Lira quer, Pacheco quer. Todos nós queremos".  

Bolsonaro ainda disse que está acostumado a receber críticas. Na ocasião, citou o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, e comentou sobre abuso de autoridade. "Quem não quer ser criticado, fique em casa. Parabéns, Alexandre de Moraes", disse. "No passado, sabíamos que votando sim ou não ia apanhar, mas não é por causa disso que nós vamos querer abusar da nossa autoridade", completou.

Fux

As declarações de Fux foram dadas durante a abertura da sessão desta 5ª feira. O ministro também afirmou que a democracia traz debates e discordâncias. "A formação histórica do Brasil, como povo e como nação, consiste em narrativa complexa, permeada por esforço, suor e lutas. A própria declaração de independência, em 7 de setembro de 1822, não foi apenas um grito solitário às margens do Ipiranga, mas resultado da sucessão de atos corajosos", disse o magistrado.

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