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Petrobrás tem R$ 3 bi para implementação de "vale-gás", afirma Bolsonaro

Segundo presidente, benefício vem sendo estudado e equivaleria a um botijão de graça

Petrobrás tem R$ 3 bi para implementação de "vale-gás", afirma Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta 6ª feira (30.jul) que a Petrobras dispõe de cerca de R$ 3 bilhões para a implementação de um "vale-gás", que ainda está em fase de estudos. A declaração foi feita em entrevista ao Programa do Ratinho, do SBT.

"O novo presidente da Petrobras, que é o Silva e Luna, está com uma reserva de aproximadamente R$ 3 bilhões para atender esses mais necessitados. Seria um vale-gás, seria um equivalente, da forma como está sendo estudado até agora, a um bujão de graça a cada dois meses", afirmou Bolsonaro.

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Na sequência, na entrevista, o chefe do Executivo federal falou sobre a segunda fase da reforma tributária, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo ele, "teve realmente excesso na proposta enviada, que o Paulo Guedes enviou para lá". "Já conversei com o relator [deputado Celso Sabino]. Está sendo acertado aí a questão dos exageros. Queremos é diminuir a tabela do Imposto de Renda, de 27,5% passar para 25%, dar uma mexida lá, e realmente é por aí que a gente pretende partir essa reforma tributária. E simplificação de impostos também. Já deixei bem claro: não pode haver qualquer aumento da carga tributária", completou.

Ainda de acordo com Bolsonaro, a ideia é também reduzir os impostos para a classe empresária, porque "quando o empresário paga menos imposto, sobra mais recurso para ele investir, ele pode contratar mais gente, ele pode expandir o seu negócio. Todos ganham dessa forma".

Pandemia

Outro assunto abordado pelo presidente na entrevista foi a pandemia. Como em outras ocasiões, ele destacou a importância do auxílio emergencial e do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para ajudar os trabalhadores informais e formais, respectivamente, e criticou medidas restritivas adotas por governadores e prefeitos para conter o avanço do novo coronavírus: "Parte da população queria o lockdown, queria o fechamento, queria se proteger. Como se o lockdown, você ficar em casa por um mês, o vírus ia embora. E eu sempre falei: temos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego. Devemos tratá-los de forma responsável e simultânea".

Além disso, sugeriu que as restrições contribuíram para acelerar a inflação, voltou a se defender das acusações de que o governo teria demorado para adquirir imunizantes e disse que "se as vacinas realmente forem efetivas para todas as cepas [do coronavírus], mais dois meses no máximo nós estamos na normalidade". Segundo Bolsonaro, o motivo de não ter tomado qualquer imunizante ainda -- e de optar por ser o último a receber -- é dar a oportunidade para pessoas "apavoradas" com a pandemia.

Defesa do voto impresso e da cloroquina

Retomando discurso feito em transmissão ao vivo pela internet na última 5ª feira (29.jul), Bolsonaro defendeu a implementação do voto impresso, que classificou como "voto democrático". "É você votar e ter a certeza que o voto foi para o João e não para a Maria. E hoje em dia isso não é possível de se realizar. Temos muitos indícios fortíssimos de que não estamos tendo, já há algum tempo, eleições democráticas no nosso país e nós queremos evitar problemas para [20]22", afirmou, ignorando mais uma vez manifestações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o desmentiram.

Em outro momento, defendeu novamente a utilização de medicamentos de eficácia não comprovada ou ineficácia constatada contra a covid-19. "Quem foi para o precoce, como eu fui, e tomei a hidroxicloroquina, no dia seguinte estava bom", pontuou.

Críticas do presidente

Críticas feitas pelo chefe do Executivo na entrevista foram direcionadas também à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ao Partido dos Trabalhadores (PT) e à esquerda. Bolsonaro chamou a investigação no Senado de "completamente política" e afirmou que atrapalha seu governo. "Tem muia gente que acredita ainda naquela CPI. Você pode ver, eles partiram lá da cloroquina, gabinete paralelo, um montão de coisas, e a última ação deles é que nós tínhamos um plano de corrupção", argumentou.

Crise hídrica 

Questionado sobre se há risco de faltar energia elétrica, o presidente pontuou: "No final do governo FHC, tivemos uma grande crise hídrica no Brasil, e agora nós estamos em uma crise mais grave do que aquela, só que ao longo desses anos todos houve o investimento em outras fontes de energia". Ainda em relação ao tema, citou a capacidade de a energia eólica atender toda a demanda do nordeste e afirmou que o país devia "ter investido mais em energia nuclear".

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