"Democracia não tem preço", diz Bolsonaro ao defender voto impresso
Declaração do presidente foi dada na tarde desta 3ª feira, durante lançamento do Plano Safra
Camila Borges
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou a cerimônia de divulgação do Plano Safra 2021/22, realizada na tarde desta 3ª feira (22.jun), para voltar a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tem como objetivo implantar o voto impresso no Brasil. Segundo o chefe do Executivo nacional, a "democracia não tem preço".
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No início de seu discurso, Bolsonaro disse "estar bastante emocionado" com a presença de Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). Em seguida, pediu para a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) se juntar às cadeiras dos convidados.
"Vou convidar a nossa Bia Kicis, que afinal de contas é a autora da PEC do voto auditável, responsável por dar a transparência e confiabilidade nas eleições de 2022. Dizer aqui ao prezado Arthur Lira (PP-AL), meu velho colega de Partido Progressista (PP), que se a Câmara e o Senado aprovarem essa PEC e ela for promulgada, nós teremos voto impresso em 2022. A democracia não tem preço, sempre me falaram isso", disse o presidente.
Bolsonaro também pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que disponibilize verbas para implantar o voto impresso no país. "Pela primeira vez o Paulo Guedes vai cumprir uma ordem minha, porque eu sempre discuto com ele. Paulo Guedes, se passar, você vai arranjar recurso para que o voto auditável seja uma realidade em 2022."
Presidente volta a defender Ricardo Salles
Ainda durante o evento, o presidente Bolsonaro teceu elogios ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, investigado por suposto envolvimento no esquema de exportação ilegal de madeira.
"Prezado Ricardo Salles, você faz parte dessa história. O casamento da Agricultura com o Meio Ambiente foi quase perfeito. Parabéns, Ricardo Salles", disse Bolsonaro. Em seguida, o presidente afirmou que ocupar o ministério de Salles não é uma tarefa fácil. "Muitas vezes, a herança é apenas uma penca de processos. A gente lamenta como somos tratados por alguns poucos desse outro poder, que é muito importante para todos", completou.
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