Governo espera vender Eletrobras até fevereiro, diz Secretário
Diogo Mac Cord estima venda em R$ 100 bilhões na maior privatização da história
Com a conclusão da votação da Medida Provisória de capitalização da Eletrobrás, o Governo espera vender a estatal até o final de fevereiro de 2022. A projeção do prazo foi apresentada pelo secretário de desestatização, desinvestimento e mercados, Diogo Mac Cord. A estimativa do Governo é de fazer a maior privatização da história e levar R$ 100 bilhões aos cofres públicos.
Nos próximos dias o Planalto vai avaliar vetos ao texto aprovado para o presidente Jair Bolsonaro sancionar a matéria. A partir daí, ainda há um amplo processo até a venda. É preciso definir a modelagem, o Tribunal de Contas da União homologar o modelo, e o BNDES começar a divulgação para atrair investidores.
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Uma das polêmicas em torno da privatização é sobre aumento ou não da conta de energia para o consumidor final. O governo aposta que haverá redução do valor em 6,3%, mas isso só ocorrerá de forma gradual a partir da venda em fevereiro do ano que vem.
"A narrativa de que a capitalização da Eletrobrás vai aumentar a tarifa de energia é desinformação, é falsa, foi construída para desestabilizar o processo", afirmou Diogo Mac Cord.
Segundo ele, aumentos que estão ocorrendo agora, por causa da necessidade de uso de térmicas, por exemplo, poderiam ter sido evitados se o setor já tivesse passado por uma racionalização antes, que assumisse que, anualmente, as hidroelétricas não entregam mais o montante de energia que se espera.
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"O problema seria menor se fosse admitido que o rei está nu, que a produção não chega no patamar esperado e se a energia a gás estivesse rodando", concluiu.