Bolsonaro compara proibição de cultos a comunismo

Em publicação nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar duramente a adoção de medidas que visam conter a disseminação da covid, como a proibição de público em igrejas e toque de recolher. O presidente comparou os governantes que aplicam essas ações com ditadores e comunistas. 

"Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores, aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc", disse na postagem. 

- Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores, aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc...

? Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 12, 2021

A atuação do governo federal na pandemia será investigada em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

O magistrado atendeu pedido dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Em meio a críticas sobre o fato da CPI investigar apenas o governo federal, senadores trabalham para incluir na comissão a atuação de estados e municípios na crise sanitária. 

Por causa da liminar concedida por Barroso, Bolsonaro chegou a afirmar que o ministro agiu por militância política. O ministro, por sua vez, alega que agiu constitucionamente. 

A Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep) criticou os ataques de Bolsonaro a Barroso. "A Abradep entende que a reiteração pública de manifestações desproporcionais de autoridades federais contra o Supremo Tribunal Federal e seus membros reforça a necessidade de reafirmar a defesa de nossos valores democráticos e, em especial, o respeito de que deve ter ao princípio da separação dos Poderes e às prerrogativas do Legislativo e do Judiciário", disse a entidade em nota.