Governo
Anulação das condenações de Lula divide aliados de Bolsonaro
Base do presidente tenta avaliar os efeitos da decisão em 2022
Nathália Fruet
• Atualizado em
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A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou as condenações e restituiu os direitos políticos do ex-presidente Lula nesta 2ª feira (8.mar) dividiu os aliados do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto uma parte deles fica receosa com a possibilidade que o militar enfrente o petista nas eleições presidenciais em 2022, outros acham que a decisão pode ajudar a mobilizar a base do presidente.
O próprio Bolsonaro afirma esperar que a decisão seja revista. No início da noite, o presidente disse que a decisão "não é uma novidade" e que Fachin é o ministro do STF mais próximo do PT. Segundo ele, que a decisão deve ser derrubada e julgada pela Segunda Turma ou pelo plenário do STF em breve e o brasileiro "não quer" em 2022 um candidato como Lula.
Entre aliados, pipocam avaliações divergentes. Alguns ponderam que a decisão pode ajudar a recuperar a imagem de Bolsonaro com os eleitores de direita que passaram a criticar a postura do presidente diante da pandemia da covid-19.
O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, publicou em redes sociais que a decisão de Edson Fachin definiu a eleição do ano que vem. Segundo ele, Bolsonaro vai derrotar o ex-presidente em 2022.
A mensagem do ex-ministro foi compartilhada por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares.
O secretário de Comunicação Institucional, Felipe Pedri, também se manifestou pela internet. Sem citar a decisão de Fachin, disse que "o Brasil se unirá novamente aos que acreditam pertencer a uma nação de trabalhadores honestos, avessos a corrupção e flertes bolivarianos".
Mas nem todos os aliados de Bolsonaro acreditam que a disputa com Lula seja garantia de reeleição. Pelo contrário, alguns contam com que as condenações sejam restauradas pelo plenário do STF para deixar Lula fora da disputa em 2022. O deputado Ubiratan Sanderson (PSL), disse ter certeza que a decisão de Fachin será revertida pelos outros ministros da corte.
A avaliação é que o cenário para a disputa de 2022 será muito diferente daquele de 2018, porque o debate eleitoral no ano que vem vai passar pelas ações de combate à Covid e a crise econômica. O receio dos aliados é que a população faça a comparação de como era a vida na época dos dois mandatos de Lula. O petista sobreviveu ao escândalo do Mensalão e foi reeleito mesmo com a crise de 2008.
O próprio Bolsonaro afirma esperar que a decisão seja revista. No início da noite, o presidente disse que a decisão "não é uma novidade" e que Fachin é o ministro do STF mais próximo do PT. Segundo ele, que a decisão deve ser derrubada e julgada pela Segunda Turma ou pelo plenário do STF em breve e o brasileiro "não quer" em 2022 um candidato como Lula.
Entre aliados, pipocam avaliações divergentes. Alguns ponderam que a decisão pode ajudar a recuperar a imagem de Bolsonaro com os eleitores de direita que passaram a criticar a postura do presidente diante da pandemia da covid-19.
O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), ex-ministro do Turismo, publicou em redes sociais que a decisão de Edson Fachin definiu a eleição do ano que vem. Segundo ele, Bolsonaro vai derrotar o ex-presidente em 2022.
Depois da decisão hoje, tem gente nas redes sociais achando que a eleição em 2022 está definida. E quer saber? Eu também acho! Vai dar @jairbolsonaro! #Bolsonaro2022 #FechadoComBolsonaro ?? pic.twitter.com/n6IvQC5MDB
? Marcelo Álvaro Antônio (@Marceloalvaroan) March 8, 2021
A mensagem do ex-ministro foi compartilhada por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares.
Com a decisão de hoje, 2022 está mais decidido ainda! #FechadoComBolsonaro https://t.co/1cpo22l9z7
? Sérgio Camargo (@sergiodireita1) March 8, 2021
O secretário de Comunicação Institucional, Felipe Pedri, também se manifestou pela internet. Sem citar a decisão de Fachin, disse que "o Brasil se unirá novamente aos que acreditam pertencer a uma nação de trabalhadores honestos, avessos a corrupção e flertes bolivarianos".
O Brasil se unirá novamente aos que acreditam pertencer a uma nação de trabalhadores honestos, avessos a corrupção e flertes bolivarianos.
? Felipe C. Pedri (@FelipePedri) March 8, 2021
Mas nem todos os aliados de Bolsonaro acreditam que a disputa com Lula seja garantia de reeleição. Pelo contrário, alguns contam com que as condenações sejam restauradas pelo plenário do STF para deixar Lula fora da disputa em 2022. O deputado Ubiratan Sanderson (PSL), disse ter certeza que a decisão de Fachin será revertida pelos outros ministros da corte.
A avaliação é que o cenário para a disputa de 2022 será muito diferente daquele de 2018, porque o debate eleitoral no ano que vem vai passar pelas ações de combate à Covid e a crise econômica. O receio dos aliados é que a população faça a comparação de como era a vida na época dos dois mandatos de Lula. O petista sobreviveu ao escândalo do Mensalão e foi reeleito mesmo com a crise de 2008.
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