Nas eleições do Congresso, Planalto prestigia partido dos adversários
Parlamentares do MDB foram os mais recebidos por Bolsonaro e pelo ministro Ramos nos últimos 2 meses
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Em meio à polarização na disputa pela presidência da Câmara e do Senado, levantamento do SBT News mostra que parlamentares do MDB foram os que mais visitaram o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, entre 1º de dezembro e 28 de janeiro. O partido é o mesmo dos candidatos contrários ao governo em ambas as Casas - Baleia Rossi (SP) e Simone Tebet (MS).
O Planalto negocia pagamento de emendas, cargos no Executivo e até ministérios em troca de apoio para seus candidatos: o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o deputado Arthur Lira (PP-AL). Na reta final da eleição, Bolsonaro chegou a admitir que quer ter "ingerência" no Congresso nos próximos dois anos. O presidente tenta emplacar pautas conservadoras, como o Escola Sem Partido e o desarmamento, promessas de campanha em 2018.
Ao todo, foram 20 reuniões com emedebistas, 14 de deputados e seis de senadores. A própria Tebet esteve com Ramos em 14 de dezembro. Além dela, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE), também fez visitas a Bolsonaro e Ramos. Tebet se lançou novamente como candidata nesta semana, após o MDB desembarcar da campanha. Na ocasião, a senadora disse que a independência do Senado estava "ameçaada".
A segunda legenda mais visitante foi o PSD, com 16 encontros - 4 apenas de senadores. Na Câmara, o PSD aderiu ao bloco de Lira, com mais 10 partidos: PSL, PL, PP, Republicanos, PTB, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota. No Senado, a sigla também é aliada do candidato do governo. O grupo de Pacheco reúne mais nove partidos: DEM, PP, PT, PSC, PL, PDT, Pros, Republicanos e Rede, totalizando 43 parlamentares dos 81.
O PP foi a terceira legenda que mais transitou no Planalto. Foram 15 reuniões, sendo duas de senadores. O próprio Lira se encontrou com Ramos em 1º de dezembro. Apesar do apoio público de Bolsonaro, o líder do Centrão diz que "não tem chefe" e defende que, se eleito, a Câmara será "independente e democrática".
Na quarta posição, com 14 visitas, está o PL, integrante também da base do líder do Centrão. Antes aliado de Baleia, Marcelo Ramos (PL-AM) esteve também com o ministro da Secretaria de Governo em 7 de dezembro. Ele trocou de lado para ocupar a primeira vice-presidência na Mesa Diretora.
O PSL foi o quinto partido que mais esteve com Bolsonaro e Ramos, com 11 visitas, seguido do DEM, sigla de Maia, de Pacheco e do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), com 10 encontros. Entre os visitantes estão também aliados de Maia, como a professora Dorinha (TO), que já declarou o voto ao emedebista.
A eleição no Congresso Nacional está marcada para 1º de fevereiro. No Senado, a sessão está marcada para às 14h, por meio de cédulas. Na Câmara, será às 19h, mas com urnas eletrônicas. Em ambas as Casas, os votos são secretos e, caso nenhum candidato consiga maioria absoluta, a decisão será em dois turnos. Os vencedores comandarão as Casas até 2023.
O Planalto negocia pagamento de emendas, cargos no Executivo e até ministérios em troca de apoio para seus candidatos: o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o deputado Arthur Lira (PP-AL). Na reta final da eleição, Bolsonaro chegou a admitir que quer ter "ingerência" no Congresso nos próximos dois anos. O presidente tenta emplacar pautas conservadoras, como o Escola Sem Partido e o desarmamento, promessas de campanha em 2018.
Ao todo, foram 20 reuniões com emedebistas, 14 de deputados e seis de senadores. A própria Tebet esteve com Ramos em 14 de dezembro. Além dela, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (PE), também fez visitas a Bolsonaro e Ramos. Tebet se lançou novamente como candidata nesta semana, após o MDB desembarcar da campanha. Na ocasião, a senadora disse que a independência do Senado estava "ameçaada".
A segunda legenda mais visitante foi o PSD, com 16 encontros - 4 apenas de senadores. Na Câmara, o PSD aderiu ao bloco de Lira, com mais 10 partidos: PSL, PL, PP, Republicanos, PTB, PROS, Podemos, PSC, Avante e Patriota. No Senado, a sigla também é aliada do candidato do governo. O grupo de Pacheco reúne mais nove partidos: DEM, PP, PT, PSC, PL, PDT, Pros, Republicanos e Rede, totalizando 43 parlamentares dos 81.
O PP foi a terceira legenda que mais transitou no Planalto. Foram 15 reuniões, sendo duas de senadores. O próprio Lira se encontrou com Ramos em 1º de dezembro. Apesar do apoio público de Bolsonaro, o líder do Centrão diz que "não tem chefe" e defende que, se eleito, a Câmara será "independente e democrática".
Na quarta posição, com 14 visitas, está o PL, integrante também da base do líder do Centrão. Antes aliado de Baleia, Marcelo Ramos (PL-AM) esteve também com o ministro da Secretaria de Governo em 7 de dezembro. Ele trocou de lado para ocupar a primeira vice-presidência na Mesa Diretora.
O PSL foi o quinto partido que mais esteve com Bolsonaro e Ramos, com 11 visitas, seguido do DEM, sigla de Maia, de Pacheco e do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), com 10 encontros. Entre os visitantes estão também aliados de Maia, como a professora Dorinha (TO), que já declarou o voto ao emedebista.
A eleição no Congresso Nacional está marcada para 1º de fevereiro. No Senado, a sessão está marcada para às 14h, por meio de cédulas. Na Câmara, será às 19h, mas com urnas eletrônicas. Em ambas as Casas, os votos são secretos e, caso nenhum candidato consiga maioria absoluta, a decisão será em dois turnos. Os vencedores comandarão as Casas até 2023.
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