Pressionado, Pazuello pede relatório para justificar orientação de cloroquina
Investigado pela PGR, ministro busca evidências de que o remédio teria ajudado com a covid-19
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Assessores do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, preparam um relatório com informações sobre o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19 para apresentar à Procuradoria-Geral da República.
O relatório está sendo elaborado pelo secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Hélio Angotti Neto. Foi ele que, em maio de 2020, quando Pazuello assumiu, convenceu os militares no Ministério da Saúde, de que a pasta poderia recomendar o uso da cloroquina também para casos leves e não somente para casos graves, como havia definido a equipe do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
O secretário tenta encontrar números que mostrem que a cloroquina, de fato, impediu que pacientes piorassem por causa do coronavírus. Técnicos da pasta, no entanto, confidenciam que a estatística não existe e que o Ministério da Saúde não faz nenhum monitoramento rigoroso com pacientes que usaram o remédio indicado para pacientes com malária.
O ministro Ricardo Lewandowski autorizou nesta segunda-feira (25.jan) a abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro Eduardo Pazuello à frente da pasta. O Ministério Público Federal deve apurar se houve negligência do ministro. Pesa na investigação o caso de Manaus, que enfrenta colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio para os pacientes.
No início de janeiro, Pazuello esteve na capital amazonense com um grupo de médicos. Esses profissionais visitaram Unidades Básicas de Saúde e indicaram o uso da cloroquina. Dois dias depois, começou a faltar oxigênio em Manaus. O estoque ainda não foi normalizado no Amazonas.
O relatório está sendo elaborado pelo secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Hélio Angotti Neto. Foi ele que, em maio de 2020, quando Pazuello assumiu, convenceu os militares no Ministério da Saúde, de que a pasta poderia recomendar o uso da cloroquina também para casos leves e não somente para casos graves, como havia definido a equipe do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
O secretário tenta encontrar números que mostrem que a cloroquina, de fato, impediu que pacientes piorassem por causa do coronavírus. Técnicos da pasta, no entanto, confidenciam que a estatística não existe e que o Ministério da Saúde não faz nenhum monitoramento rigoroso com pacientes que usaram o remédio indicado para pacientes com malária.
PERIGO À VISTA
O ministro Ricardo Lewandowski autorizou nesta segunda-feira (25.jan) a abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro Eduardo Pazuello à frente da pasta. O Ministério Público Federal deve apurar se houve negligência do ministro. Pesa na investigação o caso de Manaus, que enfrenta colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio para os pacientes.
No início de janeiro, Pazuello esteve na capital amazonense com um grupo de médicos. Esses profissionais visitaram Unidades Básicas de Saúde e indicaram o uso da cloroquina. Dois dias depois, começou a faltar oxigênio em Manaus. O estoque ainda não foi normalizado no Amazonas.
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