Em live semanal, Bolsonaro sai em defesa de Nunes Marques
Novo ministro do STF retirou trecho da Lei da Ficha Limpa em decisão liminar. Presidente diz que críticas se sustentam em desinformação
Publicidade
Na véspera do natal, o presidente Jair Bolsonaro manteve a transmissão da tradicional live semanal. Na transmissão, defendeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques, indicado por ele para assumir a cadeira deixada pelo ministro aposentado Celso de Mello.
No último sábado (17), o ministro atendeu pedido do PDT e decidiu por meio de liminar (decisão provisória) retirar da Lei da Ficha Limpa o trecho que trata da inegibilidade, ou seja, quanto tempo o candidato ficha suja pode ficar sem se reeleger. Com a mudança, políticos tendem a ficar inelegiveis por menos tempo: o prazo de 8 anos da "ficha suja" passa a ser contado a partir da condenação em 2ª Instância, e não do fim do cumprimento da pena pelos crimes. A decisão foi criticada por grupos anticorrupção.
Nesta quinta-feira, o presidente Bolsonaro disse que não iria comentar o mérito da decisão de Marques, mas que ele teria apenas determinado o tempo em que começa a inelegibilidade.
"O pessoal começou a acusar o Kássio dizendo que ele acabou com a Lei da ficha limpa, é uma pena ter tanta gente desinformada. Não estou defendendo, mas apenas dizendo que ele apenas definiu o prazo da inegibilidade".
A decisão de Nunes ainda vai ser analisada pelo plenário da Corte.
Além do caso da ficha limpa, Bolsonaro disse que precisa falar mais do ministro Nunes Marques "por ele estar apanhando muito". Citou a recente decisão do STF que negou que amantes não têm direito de dividir pensão com viúva e disse que o voto de Kássio foi decisivo para não permitir essa possibilidade.
Também aproveitou para falar sobre as próximas indicações que fará à Corte. "Agora o pessoal começa a se preparar para 2022, o candidato que assumir em 2023 vai indicar mais dois ministros. Dizem que eu vou me candidatar à reeleição, aí serão quatro ministros no STF e vou indicar os mais parecidos comigo." A próxima indicação de Bolsonaro para o STF vai acontecer no próximo ano com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Ainda durante a live, o presidente comentou os estudos de eficácia da Coronavac, produzida em parceria pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Bolsonaro sugeriu que a vacina tem baixa eficácia: "Aquela vacina lá de São Paulo parece que tem a eficácia bem lá embaixo. Não vou divulgar percentual aqui porque se eu errar 0,001% vou apanhar da mídia, mas o percentual, parece que está lá embaixo, levando-se em conta a outra".
Nessa quarta-feira, o Instituto adiou a divulgação dos resultados no Brasil e pediu mais 15 dias para publicar os estudos. Mas informou que a vacina tem taxa de efícácia dentro dos limites exigidos pela Organização Mundial da Saúde.
Bolsonaro voltou a confirmar que qualquer vacina aprovada pela Anvisa será comprada pelo Brasil, mas que não vai se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. "Quem está com pressa, que se responsabilize. Se o governador do teu estado acha que você deve tomar - inclusive um falou que tem que ser na marra, tomar de qualquer maneira - ele assine um termo de responsabilidade. Se tiver efeito colateral, vai para cima dele."
Ainda durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro ironizou o governador de São Paulo, João Doria, que viajou para os Estados Unidos e voltou no mesmo dia. "Vai ficar todo mundo em casa que vou passear em Miami. Pelo amor de Deus. Fecha São Paulo e vai passear em Miami? Isso é crime".
No último sábado (17), o ministro atendeu pedido do PDT e decidiu por meio de liminar (decisão provisória) retirar da Lei da Ficha Limpa o trecho que trata da inegibilidade, ou seja, quanto tempo o candidato ficha suja pode ficar sem se reeleger. Com a mudança, políticos tendem a ficar inelegiveis por menos tempo: o prazo de 8 anos da "ficha suja" passa a ser contado a partir da condenação em 2ª Instância, e não do fim do cumprimento da pena pelos crimes. A decisão foi criticada por grupos anticorrupção.
Nesta quinta-feira, o presidente Bolsonaro disse que não iria comentar o mérito da decisão de Marques, mas que ele teria apenas determinado o tempo em que começa a inelegibilidade.
"O pessoal começou a acusar o Kássio dizendo que ele acabou com a Lei da ficha limpa, é uma pena ter tanta gente desinformada. Não estou defendendo, mas apenas dizendo que ele apenas definiu o prazo da inegibilidade".
A decisão de Nunes ainda vai ser analisada pelo plenário da Corte.
Além do caso da ficha limpa, Bolsonaro disse que precisa falar mais do ministro Nunes Marques "por ele estar apanhando muito". Citou a recente decisão do STF que negou que amantes não têm direito de dividir pensão com viúva e disse que o voto de Kássio foi decisivo para não permitir essa possibilidade.
Também aproveitou para falar sobre as próximas indicações que fará à Corte. "Agora o pessoal começa a se preparar para 2022, o candidato que assumir em 2023 vai indicar mais dois ministros. Dizem que eu vou me candidatar à reeleição, aí serão quatro ministros no STF e vou indicar os mais parecidos comigo." A próxima indicação de Bolsonaro para o STF vai acontecer no próximo ano com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
Vacina
Ainda durante a live, o presidente comentou os estudos de eficácia da Coronavac, produzida em parceria pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Bolsonaro sugeriu que a vacina tem baixa eficácia: "Aquela vacina lá de São Paulo parece que tem a eficácia bem lá embaixo. Não vou divulgar percentual aqui porque se eu errar 0,001% vou apanhar da mídia, mas o percentual, parece que está lá embaixo, levando-se em conta a outra".
Nessa quarta-feira, o Instituto adiou a divulgação dos resultados no Brasil e pediu mais 15 dias para publicar os estudos. Mas informou que a vacina tem taxa de efícácia dentro dos limites exigidos pela Organização Mundial da Saúde.
Bolsonaro voltou a confirmar que qualquer vacina aprovada pela Anvisa será comprada pelo Brasil, mas que não vai se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais dos imunizantes. "Quem está com pressa, que se responsabilize. Se o governador do teu estado acha que você deve tomar - inclusive um falou que tem que ser na marra, tomar de qualquer maneira - ele assine um termo de responsabilidade. Se tiver efeito colateral, vai para cima dele."
Ainda durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro ironizou o governador de São Paulo, João Doria, que viajou para os Estados Unidos e voltou no mesmo dia. "Vai ficar todo mundo em casa que vou passear em Miami. Pelo amor de Deus. Fecha São Paulo e vai passear em Miami? Isso é crime".
Publicidade