Bolsonaro diz que não vai interferir na eleição da Câmara e do Senado
O presidente interrompeu o discurso em defesa do turismo em Angra dos Reis, na posse de Gilson Machado, para comentar a disputa do legislativo
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (17.dez) que não vai interferir nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, mas disse que torce "para que aconteça o melhor" e que as propostas do governo possam evoluir no Congresso. A declaração foi feita em discurso, no Palácio do Planalto, durante cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado.
"Resolvendo a questão da Mesa [diretora], a Câmara, o Senado, que vai ser bem resolvida, tenho certeza disso, não vou interferir em lugar nenhum, eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá no outro poder. Mas vou torcer para que aconteça o melhor na Câmara, no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas pelo Parlamento, tenham seu curso, sejam colocadas em votação, e a maioria decida o que é melhor. Todos nós temos a ganhar com isso", afirmou.
A declaração do presidente sobre as eleições para sucessão no Congresso foram dadas logo depois que Bolsonaro defendeu, mais uma vez, a revogação de um decreto ambiental que estabelece a proteção integral da Estação Ecológica de Tamoios, uma unidade de conservação federal que fica na Baía de Ilha Grande, entre os municípios de Paraty e Angra dos Reis (RJ). Na região protegida, são proibidas atividades de pesca e fundeio de embarcações, mergulho e visitação pública - com objetivo de preservar o ecossistema e as espécies de animais na área.
De acordo com o presidente, a exploração turística da área de proteção geraria investimentos para o país. "Nós temos uma área que Deus nos deu, chamada Baía de Angra dos Reis. Água límpida, não tem sequer marola, água quente, muitas praias, mais de 300 ilhas. Mas que está praticamente inviabilizada pelo turismo por um decreto ambiental. (...) Nós devemos revogar isso na lei, com ajuda do Parlamento, se o Parlamento assim entender, independente da questão turística. Mas se nós revogarmos isso (...), revoga e transforma essa área de interesse turístico. Nós vamos fazer algo muito, mas muito melhor, do que Cancún, a custo zero" , disse Bolsonaro, acrescentando que autoridades estrangeiras já sinalizaram interesse de investir U$S 1 bilhão de dólares na região.
A revogação do decreto ambiental depende de aprovação no Congresso, o que, segundo afirmou o presidente, é positivo. "Isso passa pelo Parlamento. E graças a Deus que passa, porque evita que um presidente queira fazer algo que não seja normal, ou agrida alguma coisa."
O presidente também sinalizou que a fiscalização dos órgãos ambientais é insuficiente na região da Estação Ecológica de Tamoios, apesar de ele já ter sido autuado no local. "Hoje, se você pega uma área enorme como aquela, tem meia dúzia de funcionários do ICMBio, ou do Ibama, para tomar conta. Então não toma conta. A não ser 'meter a caneta' e multar pobres pescadores", disse.
Em 2012, Bolsonaro foi multado em R$ 10 mil pelo Ibama em janeiro de 2012 por pesca ilegal na região.
"Resolvendo a questão da Mesa [diretora], a Câmara, o Senado, que vai ser bem resolvida, tenho certeza disso, não vou interferir em lugar nenhum, eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá no outro poder. Mas vou torcer para que aconteça o melhor na Câmara, no Senado, e as propostas do governo, uma vez analisadas pelo Parlamento, tenham seu curso, sejam colocadas em votação, e a maioria decida o que é melhor. Todos nós temos a ganhar com isso", afirmou.
A declaração do presidente sobre as eleições para sucessão no Congresso foram dadas logo depois que Bolsonaro defendeu, mais uma vez, a revogação de um decreto ambiental que estabelece a proteção integral da Estação Ecológica de Tamoios, uma unidade de conservação federal que fica na Baía de Ilha Grande, entre os municípios de Paraty e Angra dos Reis (RJ). Na região protegida, são proibidas atividades de pesca e fundeio de embarcações, mergulho e visitação pública - com objetivo de preservar o ecossistema e as espécies de animais na área.
De acordo com o presidente, a exploração turística da área de proteção geraria investimentos para o país. "Nós temos uma área que Deus nos deu, chamada Baía de Angra dos Reis. Água límpida, não tem sequer marola, água quente, muitas praias, mais de 300 ilhas. Mas que está praticamente inviabilizada pelo turismo por um decreto ambiental. (...) Nós devemos revogar isso na lei, com ajuda do Parlamento, se o Parlamento assim entender, independente da questão turística. Mas se nós revogarmos isso (...), revoga e transforma essa área de interesse turístico. Nós vamos fazer algo muito, mas muito melhor, do que Cancún, a custo zero" , disse Bolsonaro, acrescentando que autoridades estrangeiras já sinalizaram interesse de investir U$S 1 bilhão de dólares na região.
A revogação do decreto ambiental depende de aprovação no Congresso, o que, segundo afirmou o presidente, é positivo. "Isso passa pelo Parlamento. E graças a Deus que passa, porque evita que um presidente queira fazer algo que não seja normal, ou agrida alguma coisa."
O presidente também sinalizou que a fiscalização dos órgãos ambientais é insuficiente na região da Estação Ecológica de Tamoios, apesar de ele já ter sido autuado no local. "Hoje, se você pega uma área enorme como aquela, tem meia dúzia de funcionários do ICMBio, ou do Ibama, para tomar conta. Então não toma conta. A não ser 'meter a caneta' e multar pobres pescadores", disse.
Em 2012, Bolsonaro foi multado em R$ 10 mil pelo Ibama em janeiro de 2012 por pesca ilegal na região.
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