Malafaia se reúne com Bolsonaro e diz que ele deve apoiar Crivella
É o primeiro encontro entre os dois desde que Malafaia criticou indicação de Bolsonaro para o STF
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O pastor Silas Malafaia teve encontro com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta 5ª feira (19.nov) no Palácio do Planalto. Na saída, disse que o presidente irá se declarar em favor do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), em sua tentativa de reeleição.
Segundo Malafaia, não faria sentido Bolsonaro, que declarou que declarou voto em Crivella no primeiro turno, ficar de fora do fim da disputa.
Tanto Crivella quanto Malafaia são representantes de segmentos distintos da igreja evangélica neopentecostal - enquanto o prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o segundo é líder da Assembleia do Reino de Deus. O prefeito do Rio disputa o 2º turno das eleições com Eduardo Paes (DEM) e está em desvantagem nas pesquisas mais recentes.
Crivella pressiona o presidente para entrar na campanha de 2º turno, mas, por enquanto, Bolsonaro tem evitado defender o evangélico. No 1º turno, o presidente declarou apoio ao prefeito, mas ressalvou: "Se não quiser votar nele, fique tranquilo. Não vamos brigar entre nós por causa disso aí porque eu respeito os seus candidatos também".
Foi a primeira vez que Malafaia e Bolsonaro se encontraram pessoalmente desde que o pastor da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro gravou um vídeo criticando a indicação de Kássio Nunes Marques para ministro do Supremo Tribunal Federal.
Assim que o nome do desembargador começou a ser especulado, Malafaia afirmou que a indicação era uma "vergonha". Citava o fato de que Nunes Marques havia sido indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Além disso, segundo Malafaia, o novo ministro do STF é contra a pauta conservadora defendida pelos evangélicos.
Bolsonaro costuma dizer que pretende colocar um ministro "terrivelmente evangélico" para a Suprema Corte. Não foi o caso de Nunes Marques.
Na saída do encontro desta 5ª feira, Malafaia afirmou que as críticas que ele fez sobre a indicação só provam que ele é realmente muito amigo do presidente da República e tem liberdade de falar tudo o que pensa com Bolsonaro. "Eu não sou alienado, eu sou aliado, apoio o presidente, e discordo dele. Eu sou tão amigo dele que, mesmo discordando dele, estou aqui conversando com ele", destacou o pastor.
Malafaia disse ainda que ele e Bolsonaro analisaram o resultado das eleições. Ele relata ter tido ao presidente que a eleição municipal não pode ser considerada uma prévia da disputa presidencial e minimizou o resultado no pleito de domingo, quando a maioria dos candidatos que tiveram o apoio explícito do presidente perderam a disputa. "A eleição de prefeito não tem nada a ver com a eleição de presidente porque se fosse assim Bolsonaro não seria eleito na eleição de 2018", disse Malafaia.
Eu, Bolsonaro e apóstolo César Augusto num bate-papo sobre o Brasil agora à tarde pic.twitter.com/vrrbmPTG4i
? Silas Malafaia (@PastorMalafaia) November 19, 2020
Segundo Malafaia, não faria sentido Bolsonaro, que declarou que declarou voto em Crivella no primeiro turno, ficar de fora do fim da disputa.
Tanto Crivella quanto Malafaia são representantes de segmentos distintos da igreja evangélica neopentecostal - enquanto o prefeito é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, o segundo é líder da Assembleia do Reino de Deus. O prefeito do Rio disputa o 2º turno das eleições com Eduardo Paes (DEM) e está em desvantagem nas pesquisas mais recentes.
Crivella pressiona o presidente para entrar na campanha de 2º turno, mas, por enquanto, Bolsonaro tem evitado defender o evangélico. No 1º turno, o presidente declarou apoio ao prefeito, mas ressalvou: "Se não quiser votar nele, fique tranquilo. Não vamos brigar entre nós por causa disso aí porque eu respeito os seus candidatos também".
ALTOS E BAIXOS
Foi a primeira vez que Malafaia e Bolsonaro se encontraram pessoalmente desde que o pastor da Assembleia de Deus do Rio de Janeiro gravou um vídeo criticando a indicação de Kássio Nunes Marques para ministro do Supremo Tribunal Federal.
Assim que o nome do desembargador começou a ser especulado, Malafaia afirmou que a indicação era uma "vergonha". Citava o fato de que Nunes Marques havia sido indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Além disso, segundo Malafaia, o novo ministro do STF é contra a pauta conservadora defendida pelos evangélicos.
SÓ PODE SER PIADA PRESIDENTE ! O 1º nomeado por Bolsonaro é um petista . O camarada foi nomeado por Dilma , ligado a vários petralhas , defendeu o terrorista assassino Cesari Batisti . O PT ,TODA A ESQUERDA , CENTRÃO E CORRUPTOS CONTRA A LAVA JATO , COMEMORAM ! VERGONHA TOTAL !
? Silas Malafaia (@PastorMalafaia) October 1, 2020
Bolsonaro costuma dizer que pretende colocar um ministro "terrivelmente evangélico" para a Suprema Corte. Não foi o caso de Nunes Marques.
Na saída do encontro desta 5ª feira, Malafaia afirmou que as críticas que ele fez sobre a indicação só provam que ele é realmente muito amigo do presidente da República e tem liberdade de falar tudo o que pensa com Bolsonaro. "Eu não sou alienado, eu sou aliado, apoio o presidente, e discordo dele. Eu sou tão amigo dele que, mesmo discordando dele, estou aqui conversando com ele", destacou o pastor.
Malafaia disse ainda que ele e Bolsonaro analisaram o resultado das eleições. Ele relata ter tido ao presidente que a eleição municipal não pode ser considerada uma prévia da disputa presidencial e minimizou o resultado no pleito de domingo, quando a maioria dos candidatos que tiveram o apoio explícito do presidente perderam a disputa. "A eleição de prefeito não tem nada a ver com a eleição de presidente porque se fosse assim Bolsonaro não seria eleito na eleição de 2018", disse Malafaia.
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