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Bolsonaro rechaça ideia de tirar propriedades de condenados por crime ambiental

Proposta teria circulado no Conselho da Amazônia, presidido pelo vice Hamilton Mourão

Bolsonaro rechaça ideia de tirar propriedades de condenados por crime ambiental
O presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada. Foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo
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O presidente Jair Bolsonaro rechaçou nesta 5ª feira (12.nov) a ideia de retirar a posse de terras de condenados por crimes ambientais. O plano estaria em discussão no Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão comandado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, segundo reportagem do jornal Estado de S. Paulo publicada no dia anterior.

Em mensagem publicada nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que a ideia é "mentira do Estadão" ou "delírio de alguém do governo". Escreveu que, para ele, a propriedade privada é "sagrada" e que o Brasil não é comunista.
 

Depois, ainda pela manhã, o presidente disse a apoiadores ao Palácio da Alvorada que demitiria quem apresentasse a proposta.

"Eu vi essa matéria no Estadão de hoje, né? Ou é mais uma mentira, ou alguém deslumbrado do governo resolveu plantar essa notícia. Propriedade privada é sagrada, não existe nenhuma hipótese nesse sentido. Se alguém levantar isso aí, eu simplesmente demito do governo. A não ser que essa pessoa seja indemissível"

 

TENSÃO COM VICE


A referência a uma pessoa "indemissível" no governo remete a Mourão, que não pode ser retirado do cargo por determinação do presidente da República.

Ultimamente, o presidente e o vice têm dado declarações conflitantes: na 2ª feira (9), enquanto Bolsonaro mantinha silêncio sobre a eleição de Joe Biden para presidente dos Estados Unidos, Mourão disse que o presidente se manifestaria a respeito disso "na hora certa".

Mais tarde, no mesmo dia, Bolsonaro disse à CNN: "Nunca conversei com o Mourão sobre assuntos dos Estados Unidos. Como não tenho falado sobre qualquer outro assunto com ele".

A respeito da ideia de expropriar terras de criminosos ambientais, Mourão disse que o documento ao qual o Estado de S. Paulo teve acesso era um estudo, que não deveria ter sido divulgado:

"Isso é um planejamento. A decisão a posteriori daquilo que fosse considerado coerente pelos diferentes ministérios seria submetido ao presidente, para que então se fechasse esse ciclo. Alguém, algum mal intencionado, entregou esse documento completo para um orgão de imprensa."

"Vamos com calma nisso aí. Nao é decisão", disse. "Então já é publicado como se fosse decisao... aí gera o quê? Gera um incômodo para o presidente."
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