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INPE ganha novo diretor em meio a críticas sobre dados de queimadas

Clezio Marcos De Nardin vai assumir o cargo ocupado atualmente interinamente por Darcton Policarpo Damião.

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INPE ganha novo diretor em meio a críticas sobre dados de queimadas
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O pesquisador Clezio Marcos De Nardin foi nomeado nesta sexta-feira (2.out) para assumir o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A indicação foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU). De Nardin, que vinha atuando como coordenador-geral de Ciências Espaciais e Atmosféricas  do Instituto, é pesquisador de carreira do órgão, possui Doutorado em Geofísica Espacial e tem carreira consolidada na área. 

O novo diretor substitui Darcton Policarpo Damião, que está desde 2019 interinamente à frente do Inpe. Damião assumiu, de forma temporária, ainda em agosto do ano passado, depois que o pesquisador Ricardo Galvão foi demitido do cargo após reagir a críticas do presidente Jair Bolsonaro, que disse que o órgão estaria atuando a serviço de alguma Organização Não-Governamental. 

Clezio Marcos De Nardin assume o Inpe  em meio a questionamentos sobre a qualidade dos dados gerados pelo instituto, e num momento em que os focos de queimadas e alertas de desmatamento e degradação têm crescido em várias regiões do país. Os dados do órgão mostram que os focos de incêndio cresceram 13% entre janeiro e 1° de outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2019. No Pantanal, o aumento chegou a 200%. 

Em setembro de 2020, os alertas de degradação na Amazônia Legal quase dobraram, em relação ao mesmo mês do ano passado. No mesmo mês, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, disse que alguém no instituto, que faz oposição ao governo Bolsonaro, estaria vazando dados negativos para a imprensa. Ele também disse que se preocupa com a "qualidade dos dados" do Inpe. "Não adianta o cara me dizer que 'tem 50 mil focos de fogo'. Eu preciso saber quantos estão em área já desmatada, quantos estão em unidade de conservação e terra indígena. (...) Isso aí melhora nossa capacidade de conseguir combater as ilegalidades", afirmou Mourão, no mês passado. "Os dados têm que ser analisados qualitativamente", concluiu.
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