"Incêndios na Amazônia aumentaram 400% no feriado", diz Mourão
Vice-presidente vai cobrar de diretor do INPE qualidade dos dados apresentados pelo instituto
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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta (16.set) que os focos de incêndio aumentaram 400% na Amazônia durante o feriado de 7 de setembro. "Parece que a nossa turma saiu fora, não combateu nada, e a turma do fogo entrou pra valer. Teve um aumento de 400% de fogo no final de semana do feriado. Para eles não tem feriado né", disse Mourão, que se reúne hoje com o diretor-interino do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Darcton Policarpo Damião. De acordo com ele, o encontro vai tratar da "qualidade dos dados" divulgados pelo órgão.
"Não adianta o cara me dizer que tem 50 mil focos de fogo. Eu preciso saber quantos estão em área já desmatada, que aí é uma coisa, o cara faz o trabalho no campo queimando o pasto, quantos estão em unidade de conservação e terra indígena, que esse é um problema meu, que eu tenho que resolver, quantos estão em área que não havia sido desmatada, que foi recentemente desmatada. Isso melhora nossa capacidade de conseguir combater as ilegalidades", declarou o vice-presidente, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).
"O ponto focal é um só: a questão da cadeia de valor alimentar, ou seja, a rastreabilidade dos produtos", disse. De acordo com o vice-presidente, o governo deve levar embaixadores e outros representantes de países à Amazônia, em outubro, para apresentá-los à região. "Faz parte da estratégia comercial dos países europeus essa questão da cadeia de suprimento. Isso é uma maneira, uma barreira. Existem barreiras tarifárias e não-tarifárias. A gente tem que fazer a negociação não só comercial, mas diplomática, como ambiental também."
A carta foi enviada pelo grupo denominado Parceria das Declarações de Amsterdã, que reúne Alemanha, Dinamarca, França, Itália, Holanda, Noruega e Reino Unido. A Bélgica também endossou o documento. O texto afirma que as nações do grupo esperam que um renovado e firme compromisso do governo brasileiro com a redução do desmatamento se reflita em ações reais. Os países também dizem que a "tendência de crescimento do desmatamento" torna difícil para investidores alcançarem os critérios de sustentabilidade e governança necessários.
"Não adianta o cara me dizer que tem 50 mil focos de fogo. Eu preciso saber quantos estão em área já desmatada, que aí é uma coisa, o cara faz o trabalho no campo queimando o pasto, quantos estão em unidade de conservação e terra indígena, que esse é um problema meu, que eu tenho que resolver, quantos estão em área que não havia sido desmatada, que foi recentemente desmatada. Isso melhora nossa capacidade de conseguir combater as ilegalidades", declarou o vice-presidente, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).
Carta de países europeus
Pela manhã, Hamilton Mourão também se reuniu com os ministros do Meio Ambiente e da Agricultura para tratar da carta enviada ao vice-presidente por países europeus ao que demonstram preocupação com o aumento do desmatamento na região amazônica. De acordo com o vice-presidente, o Ministério das Relações Exteriores deve organizar uma reunião com o embaixador da Alemanha, para debater o assunto, e se for o caso, também com representantes de outros países."O ponto focal é um só: a questão da cadeia de valor alimentar, ou seja, a rastreabilidade dos produtos", disse. De acordo com o vice-presidente, o governo deve levar embaixadores e outros representantes de países à Amazônia, em outubro, para apresentá-los à região. "Faz parte da estratégia comercial dos países europeus essa questão da cadeia de suprimento. Isso é uma maneira, uma barreira. Existem barreiras tarifárias e não-tarifárias. A gente tem que fazer a negociação não só comercial, mas diplomática, como ambiental também."
A carta foi enviada pelo grupo denominado Parceria das Declarações de Amsterdã, que reúne Alemanha, Dinamarca, França, Itália, Holanda, Noruega e Reino Unido. A Bélgica também endossou o documento. O texto afirma que as nações do grupo esperam que um renovado e firme compromisso do governo brasileiro com a redução do desmatamento se reflita em ações reais. Os países também dizem que a "tendência de crescimento do desmatamento" torna difícil para investidores alcançarem os critérios de sustentabilidade e governança necessários.
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