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Jogos Paralímpicos: 3 em cada 10 atletas da delegação do Brasil são de SP; conheça as histórias

Time Brasil chega aos Jogos Paralímpicos com a maior delegação da história e busca superar campanha de Tóquio 2021, em que 72 medalhas foram conquistadas

Imagem da noticia Jogos Paralímpicos: 3 em cada 10 atletas da delegação do Brasil são de SP; conheça as histórias
Brasil chega aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 com sua maior delegação | Fotos: CPB
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Começaram nesta quarta-feira (28) os Jogos Paralímpicos de Paris 2024. A delegação brasileira será a maior para uma edição dos Jogos fora do Brasil, com 280 atletas no total. São 255 pessoas com deficiência, 19 atletas-guia (18 para o atletismo e 1 para o triatlo), 3 calheiros da bocha, 2 goleiros do futebol de cegos e 1 timoneiro do remo.

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Desses, 91 foram formados pelo Time SP, programa criado pelo Governo de São Paulo por meio da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), em parceria com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Ou seja, três em cada dez atletas brasileiros convocados para as Paralimpíadas de Paris 2024 foram formados em São Paulo.

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Entre eles está Alina Dumas, atleta da Seleção Paralímpica Brasileira de Para-Remo, que também é doutoranda da Faculdade de Medicina da USP. Atualmente é a voga da equipe, ou seja, a remadora que comanda o ritmo do barco com quatro atletas, todos com limitação motora, mas que utilizam tronco, pernas e braços.

Argentina de nascimento, Alina Dumas é naturalizada brasileira e concilia o estudo na área de medicina com a sua paixão pelo remo | Agência SP
Argentina de nascimento, Alina Dumas é naturalizada brasileira e concilia o estudo na área de medicina com a sua paixão pelo remo | Agência SP

Argentina de nascimento, ela é naturalizada brasileira e a história dela no esporte começou com a natação. O interesse pelo remo veio após assistir à modalidade em Londres em 2012, mas foi durante a sua graduação no Canadá, que, de fato, Alina começou a remar. Quando veio ao Brasil para continuar os estudos, passou a remar ainda no remo convencional pelo Esporte Clube Pinheiros.

Em 2020, a atleta realizou uma série de cirurgias de reconstrução ligamentar no tornozelo e, devido a uma rejeição do corpo ao procedimento, Alina desenvolveu uma fibrose que limitou a mobilidade do tornozelo esquerdo.

Ela, então, passou a treinar e conseguiu a classificação no para-remo na categoria e classe PR3 4+ – barco com quatro remadores e um timoneiro.

Foram 80 medalhas conquistadas, entre ouro, prata e bronze em três campeonatos mundiais, dois parapanamericanos e vários campeonatos nacionais e internacionais | Agência SP
Foram 80 medalhas conquistadas, entre ouro, prata e bronze em três campeonatos mundiais, dois parapanamericanos e vários campeonatos nacionais e internacionais | Agência SP

Outro atleta que estará nas Paralímpiada é André Rocha. O policial aposentado é multicampeão das modalidades de lançamento de peso e de disco, e vive o auge da carreira aos 47 anos, participando pela primeira vez dos Jogos.

Nascido e criado na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, Rocha entrou para a Polícia Militar em 2000 e serviu por sete anos o 5º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I). Em 2005, durante uma perseguição policial, um acidente fez com que a trajetória dele na corporação fosse encerrada de forma precoce.

O soldado, na época, atendia a uma ocorrência de furto a uma residência na região. No acompanhamento a dois suspeitos, um deles subiu no telhado e, ao tentar capturá-lo, acabou caindo em um terreno baldio ao lado da casa e fraturando a coluna. O acidente deixou o policial tetraplégico. Antes de ir à reserva, permaneceu por dois anos realizando serviços administrativos na corporação.

Há 11 anos, o policial conheceu o Projeto Paralímpico Esporte para Todos, da Secretaria de Esporte de Taubaté, e lá descobriu o talento para o esporte. Desde então, disputou três campeonatos mundiais, dois parapanamericanos e vários campeonatos nacionais e internacionais representando o Brasil. Foram 80 medalhas conquistadas, entre ouro, prata e bronze.

Ciclo histórico

A delegação brasileira chega a Paris em um dos melhores ciclos de sua história em diversas modalidades, com resultados relevantes em mundiais, e busca superar o desempenho da Paralímpiada do Japão, em 2021, e do Rio 2016.

Naqueles Jogos, a delegação conquistou o maior número de medalhas únicas, com 72 em cada. Mas foi no Japão que o país estabeleceu o recorde de ouros, 22, superando a marca de Londres 2012, quando 21 brasileiros subiram ao lugar mais alto do pódio. Em 2016, foram 14 ouros.

O atletismo é o esporte em que o Brasil mais conquistou medalhas em Jogos Paralímpicos, com 170, somando os pódios das provas nas pistas e no campo – foram 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze.

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze: e está a 27 medalhas do seu 400º pódio no evento.

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