Veja como foi o primeiro dia de campanha dos candidatos à Prefeitura de São Paulo
Polícia Militar teve que entrar em ação para evitar o encontro dos apoiadores de Ricardo Nunes e de Guilherme Boulos no centro histórico
Em São Paulo, muitos candidatos escolheram o corpo a corpo no centro da capital para o primeiro dia de campanha.
Era horário de almoço quando a passeata de Ricardo Nunes, do MDB, saía do Pátio do Colégio, local onde a cidade foi fundada, para percorrer a região central.
Atual prefeito de São Paulo, Nunes assumiu o cargo em 2021, após a morte de Bruno Covas. Ele tem o apoio de 12 partidos, do governador, Tarcísio de Freitas, e do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou o vice da chapa, coronel Mello Araújo. Aos jornalistas, Nunes defendeu uma campanha sem ataques pessoais.
"Uma campanha limpa, uma campanha de verdade, propositiva, pra poder ter o nível de discurso e um nível de discussão da cidade, é importante pras pessoas serem respeitadas", afirmou o prefeito.
A Polícia Militar teve que entrar em ação para evitar o encontro dos apoiadores de Nunes e de Guilherme Boulos, do PSOL, que também fez uma caminhada pelo centro histórico.
Boulos tem o apoio do presidente Lula e de oito partidos, entre eles, o PT, que pela primeira vez abriu mão de um candidato na cabeça de chapa e indicou para vice a ex-prefeita, Marta Suplicy.
"Quem quer rolar na lama, quem quer ficar fazendo gracinha, que faça sozinho, eu quero ser prefeito de São Paulo. A gente montou um time de gente qualificada, eu fui conhecer soluções e experiências globais do mundo todo, de grandes cidades", disse Boulos.
Perto dali, na 25 de Março, a principal rua de comércio popular da cidade, o candidato do PRTB, Pablo Marçal, cumprimentou apoiadores e deu autógrafos. O influenciador falou das propostas para a capital paulista.
"Em relação aos prédios tombados, eles custam sete vezes mais caro para reformar do que qualquer outra obra, nós temos que ter parceria público privada para reformar, tem que parar com essas invasões aqui no centro", disse.
A candidata do PSB, Tabata Amaral, foi até uma escola municipal na Brasilândia, zona norte de São Paulo, que teve uma das piores notas da capital na educação básica. Tabata prometeu melhorias.
"Abrir as quadras escolares à noite e ao final de semana e fazer uma coisa que eu tive quando estudava na escola estadual, anos atrás, que é você trazer curso profissionalizantes, empregar jovens da comunidade, incentivar atividade física", disse.
Já o candidato do PSDB, José Luiz Datena, ficou fora na capital no primeiro dia de campanha. O apresentador de TV visitou o Santuário de Aparecida, a quase 200 quilômetros de São Paulo.
"Em momentos importantes da minha vida eu passo aqui e tento passar desapercebido o máximo possível, só venho agradecer, não peço absolutamente nada, agora a única coisa que eu peço é proteção ao povo brasileiro", afirmou.
Marina Helena, candidata do Novo, teve compromissos internos de campanha e deu entrevistas. Altino Prazeres, do PSTU, esteve na porta de uma fábrica na zona sul, ainda na madrugada.
Os candidatos Bebeto Haddad, do Democracia Cristã, Ricardo Senese, do Unidade Popular, e João Pimenta, do PCO, não tiveram compromissos públicos de campanha.
A campanha terá oficialmente 49 dias até o primeiro turno, e a disputa entre os 10 candidatos a prefeito de São Paulo promete ser intensa. A cidade tem um colégio eleitoral maior do que 22 estados brasileiros e o Distrito Federal. São mais de 9 milhões de eleitores que podem escolher quem irá comandar a maior metrópole do país e um PIB de quase R$ 1 bilhão, a partir de janeiro do ano que vem.