Eleitores escolherão próximo governador em 12 estados neste domingo
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Tarcísio de Freitas e Fernando Haddad se enfrentam
Em 12 estados, os eleitores vão às urnas neste domingo (29.out) para escolher o próximo governador. Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo terão segundo turno na eleição estadual.
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No território alagoano, o atual chefe do Executivo, Paulo Dantas, busca consolidar a hegemonia do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e, portanto, concorre contra o senador Rodrigo Cunha (União). Dantas foi o mais votado no primeiro turno (46,64% dos votos, ou 708.984), e Cunha teve 26,79% dos votos (ou 407.220).
No Amazonas, o governador Wilson Lima (União) tenta a reeleição, em disputa com Eduardo Braga (MDB). Nem mesmo as crises enfrentadas em seu governo, em especial na pandemia da covid-19 -- quando o estado registrou escassez de oxigênio em janeiro de 2021 --, colocaram o candidato na segunda posição das pesquisas de intenção de voto. Lima segue na liderança desde o fim do primeiro turno. Neste, o político do MDB teve 819.784 votos, o que equivale a 42,82% dos votos válidos, e Eduardo Braga alcançou 401.817 (20,99%).
Na Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do país, a disputa entra na reta de chegada em aberto: a pesquisa Ipec mais recente, divulgada na 6ª feira (21.out) apontou empate técnico entre Jerônimo Rodrigues (PT), com 48% das intenções de votos, numericamente à frente de ACM Neto (União Brasil) com 44%. Entre os votos válidos, Jerônimo tem 52% e Neto 48%. Na chegada para a definição eleitoral, a disputa baiana segue o curso apontado no encerramento do primeiro turno no estado. Apesar de ter dado a largada na frente, o candidato do União viu o adversário avançar, virar e abrir vantagem. O primeiro turno terminou com o petista alcançando 49,45% dos votos, e Neto obtendo 40,80%.
No Espírito Santo, os candidatos Renato Casagrande (PSB) e Manato (PL) se enfrentam nas urnas. No primeiro turno, o integrante do PSB conseguiu quase 1 milhão de votos, o que corresponde a 46,9% dos votos válidos. Já o representante do PL conquistou pouco mais de 800 mil, o equivalente a 38,4%. Esta é a primeira vez em 28 anos que o eleitor capixaba escolhe governante em segundo turno.
Em Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB) e Eduardo Riedel (PSDB) estão na disputa. No primeiro turno, o integrante do PRTB teve 26,71% dos votos válidos, contra 25,16% do tucano. Pesquisas indicam que o eleitorado está dividido e os dois candidatos estão empatados. Com o slogan "Capitão lá, Capitão cá", Contar cresceu nas intenções de voto na reta final da campanha para o 2 de outubro.
Na Paraíba, os eleitores decidirão se o Partido Socialista Brasileiro (PSB) terá o quarto mandato consecutivo no governo do estado ou se o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) voltará ao Executivo após 13 anos. Se enfrentam o atual governador, João Azevêdo Filho, e o deputado federal tucano Pedro Cunha Lima (PB). João Azevêdo foi o mais votado no primeiro turno, com 39,65% dos votos (ou 863.174), contra 23,90% (ou 520.155) do integrante do PSDB.
Em Pernambuco, duas mulheres, jovens, advogadas, de família política: Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB). Com a vitória de uma delas, será a primeira vez que Pernambuco terá uma governadora eleita. Há 16 anos, o estado é governado pelo PSB, nas gestões de Eduardo Campos, por duas vezes, e de Paulo Câmara, por mais duas. No primeiro turno, Marília recebeu 1.175.651 votos (23,97%), e Raquel, 1.009.556 votos (20,58%). De lá pra cá, as duas disputam voto a voto, mas a tucana vem subindo gradativamente nas pesquisas.
No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL) disputam neste domingo voto a voto o governo. Depois de aparecer em desvantagem durante boa parte do primeiro turno, o ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Jair Bolsonaro (PL) venceu com 37,5% dos votos válidos, contra 26,81% do ex-governador tucano. Nesta reta final de segundo turno, os dois chegam embolados nas urnas, depois de uma campanha "nacionalizada".
Em Rondônia, a disputa pelo governo chega ao segundo turno sem favorito. Candidato do União Brasil e atual governador, Marcos Rocha, compete com Marcos Rogério, do PL. No primeiro turno, a diferença de votos entre os dois foi de 16.994, com Marcos Rocha computando 38,96% dos votos válidos; Marcos Rogério, 36,89%.
Em Santa Catarina, o segundo turno reflete o cenário político nacional. Assim como na eleição presidencial, o candidato do PT, Décio Lima, e o candidato do PL, Jorginho Mello, disputam pela preferência dos catarinenses. Melhor colocado no primeiro turno, com 38,61% dos votos válidos, Jorginho Mello lidera as pesquisas de intenção de voto. O candidato do PT surpreendeu ao chegar ao segundo turno. Isso porque, em Santa Catarina, Bolsonaro conquistou a maior votação proporcional do país, com 62,2%, no primeiro turno. No pleito de 2 de outubro, Décio Lima, de 62 anos, teve 17,4% dos votos e ficou menos de um ponto à frente do atual governador, Carlos Moisés, do Republicanos, que em 2018 venceu com o apoio do atual presidente.
Em Sergipe, Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD) estavam rigorosamente empatados na última pesquisa Ipec antes da votação: 50% dos votos válidos para cada um. Nos votos totais, outro empate, em 41% para cada lado. Sergipe tem 1.671.376 eleitores espalhados em 75 municípios. Os dois chegaram ao segundo turno após a primeira etapa de votação destinar 338.796 votos a Carvalho: 44,7% dos votos válidos. Metidieri teve 294.936 votos; 38,9% dos válidos.
Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, os eleitores decidem entre os candidatos Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT). O eleito será o primeiro político fora do PSDB a assumir a cadeira do Palácio dos Bandeirantes após 28 anos. Tarcísio é o favorito na disputa e venceu o primeiro turno com 42,32% dos votos válidos, contra 35,70% do candidato do PT. Nas pesquisas do segundo turno, o candidato do Republicanos aparece na frente. Na Ipec divulgada neste sábado (29.out), ele tem 52% dos votos válidos, e Haddad, 48%.