Direito à propriedade e ataques ao Supremo pautam 2º bloco do debate
Assuntos foram levantados durante pergunta sobre respeito à Constituição; pauta de costumes também foi debatida
No segundo bloco do último debate antes do segundo turno das eleições -- promovido pela TV Globo --, os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram que escolher temas pré-definidos para fazerem perguntas entre si. Sob o tema "respeito à Constituição", os presidenciáveis trataram de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e do direito à propriedade.
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O tema foi escolhido por Bolsonaro. O candidato à reeleição perguntou sobre "invasões de terra" pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Lula começou a resposta lembrando de ataques do presidente a ministros do STF: "Ele vive ameaçando fechar, ele vive ameaçando que não vai respeitar decisão, vive xingando pessoalmente os ministros da Suprema Corte".
Sobre o MST, o petista afirmou que o movimento ocupa terra improdutiva e quem fazia a avaliação era o Incra. Também que o grupo era responsável pela produção de alimentos no Brasil.
Depois, a pauta de costumes dominou o debate. Lula resgatou uma declaração antiga de Bolsonaro cobrando a distibuição de uma "pílula do aborto". O presidente rebateu dizendo que seria a pílula do dia seguinte e subiu o tom ao chamar o adversário de "abortista". Lula negou ser a favor do aborto. Bolsonaro, então, disse que ele seria favorável à liberação das drogas e à "ideologia de gênero".
Combate à pobreza
Antes, na primeira pergunta, Lula escolheu o tema "combate à pobreza". O petista citou números sobre a fome. O presidente respondeu que, conforme o Ipea, a extrema pobreza reduziu no país e exaltou o Auxílio Brasil: "Segundo o Ipea, a pobreza quem ganha até 1,9 dólares por dia. Ou seja, 10 reais por dia. O Auxílio Brasil paga 20. Então quem está com necessidade, tem gente passando necessidade, é só se cadastrar no Auxílio Brasil"