Publicidade
Eleições

Nova federação poderia fortalecer campo do centro democrático, diz Marco Vinholi

Presidente do PSDB-SP concedeu entrevista ao Agenda do Poder, do SBT News

Imagem da noticia Nova federação poderia fortalecer campo do centro democrático, diz Marco Vinholi
Marco Vinholi em entrevista ao SBT News (Reprodução/YouTube)
• Atualizado em
Publicidade

O presidente do diretório paulista do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Marco Vinholi, confirmou nesta 5ª feira (27.out) que a sigla vem discutindo a possibilidade de formar federação com outros partidos e disse avaliar que uma aliança desse tipo com o Podemos e outras legendas centristas poderia fortalecer o campo do centro democrático. Ele considera esse fortalecimento importante para o país ter estabilidade e se se desenvolver. As declarações foram dadas em entrevista ao Agenda do Poder, do SBT News.

"Nós tivemos uma parceria muito importante com o MDB ao longo dessas eleições, apoiamos a candidatura de Simone Tebet no primeiro turno, também de maneira muito intensa a federação com o Cidadania é algo que deu certo e, ao meu ver, com a vinda do Podemos e outros partidos de centro poderia fortalecer esse campo do centro democrático e trabalhar em conjunto para as próximas eleições. Acho que ficaria de maneira muito clara para o eleitor os caminhos que ele tem, partidos mais à direita, mais à esquerda e essa alternativa de centro, de maneira latente para o eleitorado brasileiro. Entendo também que essa seria uma federação muito municipalista, que ia representar, no Congresso Nacional uma bancada forte, mas também se fortalecer para as eleições de 2024", pontuou.

Vinholi faz parte também da Executiva Nacional da federação PSDB-Cidadania, que indicou a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) para ser a candidata a vice na chapa da também senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência da República. A chapa teve o apoio ainda do Podemos no primeiro turno. No segundo, disputado por Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), o PSDB e o Podemos liberaram seus respectivos filiados para se posicionarem como quiserem (escolher um candidato ou outro, ou se manter neutro), e o Cidadania declarou apoio a Lula.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Segundo Vinholi, entre os integrantes do diretório paulista do PSDB, houve divergências de posicionamento: "São manifestações pró-Lula, acho que na sua maioria no último sábado na reunião que fizemos no diretório, também manifestações pró-Bolsonaro, manifestações pela neutralidade. Portanto, você tem hoje dentro dessa complexidade que eu citei aqui de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, diferentes opiniões dentro do PSDB e a gente respeita as manifestações individuais nesse momento".

Na eleição estadual, por outro lado, o diretório paulista declarou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato bolsonarista. Questionado sobre o motivo de o PSDB-SP apoiá-lo, e não o adversário, Fernando Haddad (PT), Vinholi declarou: "Nós saímos de uma eleição para o governo de São Paulo com uma votação expressiva do candidato Rodrigo Garcia, mais de 18% dos votos, e dentro disso, a responsabilidade do PSDB de trabalhar pela defesa da manutenção daquilo que foi feito ao longo desses anos de governo. O estado de São Paulo com Poupatempo, Bom Prato, ETECs, FATECs, disparado o melhor estado do Brasil. Portanto, esse é o nosso trabalho neste momento. O candidato Tarcísio de Freitas assumiu essas bandeiras de imediato. Logo no início do segundo turno, em um diálogo franco, com uma postura muito importante da manutenção desses programas. Portanto, nós do PSDB enxergamos nele a possibilidade de sequência desses programas".

Rodrigo Garcia (PSDB), o atual governador de São Paulo, ficou em terceiro lugar no primeiro turno e, portanto, os tucanos deixarão o governo paulista após 28 anos. O partido também elegeu menos deputados federais neste ano do que em 2018 (13, ante 29) e nenhum tucano venceu a disputa por vaga no Senado, sendo que há quatro anos foram quatro eleitos (incluindo Mara Gabrilli). Por enquanto também, nenhum tucano se elegeu governador; quatro permanecem na disputa: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul; Raquel Lyra, em Pernambuco, Pedro Cunha Lima, na Paraíba, e Eduardo Riedel, em Mato Grosso do Sul.

Conforme Vinholi, o partido ainda é "muito qualificado" e seguirá "apresentando para a população novos quadros". "Nós temos em todo o estado de São Paulo prefeitos que representam uma nova geração política, Jundiaí, Ribeirão Preto, São Bernardo, Santo André, Araçatuba, enfim, nós temos qualidade para poder apresentar ao eleitor alternativas de gestão. Nas próximas eleiões eu tenho certeza que o PSDB vai representar a social-democracia ainda no Brasil durante um bom tempo".

Também na entrevista, ele disse entender que, independetemente de quem vencer a eleição presidencial neste ano, o PSDB deve atuar "de maneira independente, ajudando naquelas pautas que acha importante para o Brasil, e evidentemente sendo contrário àquilo que não concorda". "Uma bancada que representa essa social democracia, é um partido de centro. Liberal na economia, portanto essas pautas liberais na economia, mas um partido também que possa representar de maneira progressista nos costumes, sempre respeitando a diversidade do nosso Brasil, então essa é a concepção do partido, e eu acredito que a bancada deve atuar nesse sentido, fortalecendo a democracia, fortalecendo as instituições, trabalhando para que o Brasil possa se desenvolver".

Veja também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade