Partido Novo suspende filiação de João Amoêdo
Decisão ocorre dias depois do fundador do partido declarar apoio a Lula no 2º turno
SBT News
O Partido Novo decidiu suspender, liminarmente, a filiação de João Amoêdo, ex-presidenciável e fundador da sigla. O anúncio foi feito pela legenda nesta 5ª feira (27.out). Em nota, o Novo informou que corre um processo disciplinar sigiloso interno contra o empresário por possíveis violações estatutárias.
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No segundo turno das eleições, Amoêdo declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decisão diferente da tomada em 2018, quando optou pelo então parlamentar e candidato Jair Bolsonaro (PL). Também em nota, o Partido Novo se manifestou contra a decisão de Amoêdo, classificando-a de "lamentável e incoerente". Ressaltou ainda que o empresário "não faz mais parte do corpo diretivo do partido desde março de 2020".
Amoêdo teve 2,5% dos votos válidos no primeiro turno de 2018, um total de 2.679.744, e foi presidente do Novo por dois mandatos, totalizando quase oito anos.
Nas redes sociais, Amoêdo já havia saído em defesa da independência dos Poderes, criticando a ideia de aumentar o número de cadeiras no STF e disse que "este foi um dos passos de Hugo Chávez pra transformar a Venezuela numa autocracia".
Leia a íntegra do anúncio de desfiliação:
"O Partido Novo, através da Comissão de Ética Partidária (CEP), decidiu suspender liminarmente a filiação de JOÃO DIONÍSIO FILGUEIRA BARRETO AMOÊDO, até o encerramento do Processo Disciplinar aberto contra ele, por possíveis violações Estatutárias cometidas por ele, com base no art. 21, II combinado com §2º.
A Comissão de Ética Partidária (CEP) é o órgão nacional, independente e permanente de apoio à gestão do NOVO e que tem como principal função zelar pela ética e decoro, bem como pela aplicação do Estatuto e normas internas do NOVO, sendo assim o órgão competente para julgar denúncias feitas por nossos filiados."